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INVESTIGAÇÃO

Justiça recua depois de mandar soltar suspeito pela morte de Russo

Advogado disse que delegada teria anexado prova contra empresário

Por Maria Eduarda Gazzetta

09 de junho de 2022, às 07h15 • Última atualização em 09 de junho de 2022, às 08h57

A Justiça de Nova Odessa determinou a soltura, na manhã desta quarta-feira, do empresário Paulo Sérgio de Santana, preso em fevereiro suspeito de participação no homicídio do ex-secretário de Governo de Nova Odessa, Marco Antonio Barion, o Russo, ocorrido em 6 de dezembro de 2021.

No entanto, ainda na tarde desta segunda, suspendeu a própria decisão, após a delegada da Deic (Divisão de Investigações Criminais) de Piracicaba, Juliana Ricci, ter acrescentado uma nova prova contra o suspeito, de acordo com informações do advogado de Paulo, Roberto Fernandes Guimarães.

“Nós entendemos que houve um grave erro e que, como a gente já esperava, não há provas de participação do Paulo no fato e isso ficou comprovado, mas a delegada anexou, justo hoje [quarta], uma prova incabível contra ele. Ela teve desde quando ele foi preso para isso”, disse o advogado.

Por conta desta nova prova, ainda de acordo com Roberto, a Justiça aguarda parecer do MP (Ministério Público) para decidir novamente.

Russo foi assassinado em 6 de dezembro de 2021; suspeito acabou preso em 21 de fevereiro deste ano – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

PRISÃO. O suspeito, de 52 anos, foi preso pela Deic no dia 21 de fevereiro. Entre os motivos que embasaram a decisão da Justiça, está a análise das câmeras de monitoramento do condomínio, no Jardim Marajoara, em Nova Odessa, onde moravam Russo e o empresário. As imagens mostram que Paulo Sérgio acompanhou, com seu carro, o trajeto da vítima desde a saída do condomínio até o momento em que foi assassinado.

Além disso, a decisão considera contradições no depoimento do empresário e em documentos apreendidos em sua residência, que indicam envolvimento com licitações, o que ele havia negado.

A Justiça indica a existência de uma anotação no caderno de Paulo Sérgio como “Serviço do Uno”, anotado para o dia 7 de janeiro, um mês após o homicídio. O Fiat Uno é o modelo do carro utilizado pelos dois executores do então secretário.

Outro motivo para a determinação da prisão preventiva é que conversas extraídas do celular do suspeito apontam para a possibilidade de ter havido um relacionamento entre ele e Russo, pois Paulo comenta com uma pessoa, por mensagem, que a vítima seria “o cara que ia dar a obra para nós”.

Questionada sobre as investigações, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) afirmou que as informações serão preservadas para garantir a autonomia do trabalho policial.

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