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Acessibilidade

Estudantes de Nova Odessa são premiados por software que ajuda deficientes auditivos

Ferramenta para aulas on-line foi apresentada em dezembro e pode ser acessada pelo navegador dos computadores

Por Maria Eduarda Gazzetta

09 de janeiro de 2022, às 09h28

Um grupo formado por quatro estudantes do 3º ano do ensino médio da Etec (Escola Técnica Estadual) de Nova Odessa desenvolveu um software para deficientes auditivos que poderá ser usado em aulas e reuniões on-line. A ferramenta foi apresentada em dezembro no TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) dos alunos.

A ideia do projeto, batizado pelo grupo de “Deaf Talk”, surgiu quando, ainda no 2º ano, os alunos começaram a ter aulas no ensino remoto, por conta da pandemia causada pelo coronavírus. Ao LIBERAL, eles explicaram que pensaram como alunos deficientes auditivos estariam lidando com a nova realidade.

Adriano, Eduardo, Henrique e Arthur, com o software desenvolvido na Etec – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

“A gente queria desenvolver um projeto inovador e que fosse de inclusão. Então, pensamos como alunos com esta deficiência estariam tendo a aula EAD [Ensino à Distância] e foi quando resolvemos desenvolver o sistema”, comentou o aluno Henrique Eulálio, que desenvolveu o projeto ao lado dos colegas Adriano da Silva de Carvalo, Eduardo Longhi e Arthur Minoti.

O software criado pelos alunos funciona da seguinte forma: ele traduz a fala para libras e isso é feito por um programa em Java Script (linguagem de programação de aplicações), de forma simultânea.

“Enquanto o apresentador fala pelo microfone, o programa transforma a fala em legenda e, depois disso, a legenda é transformada para o alfabeto em libras”, explicaram. De acordo com Henrique, o software não precisa ser instalado e o acesso é feito por meio do navegador do computador.

Para o desenvolvimento da plataforma, que durou um ano e seis meses, os estudantes realizaram uma pesquisa de campo para entender a realidade do público-alvo. “Conversamos com uma ONG, que nos relatou as dificuldades dos deficientes auditivos”, disse Eduardo.

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Além disso, o grupo realizou uma pesquisa digital e chegou à conclusão de que a maioria dos deficientes auditivos não conclui o ensino médio pela falta de acessibilidade. “Com a pandemia, isso se agravou ainda mais, porque eles não tinham incentivo e não conseguiam entender o que tinha sido dito nos vídeos”, completou Adriano.

PRÊMIO
O projeto foi inscrito no Prêmio 3M e a equipe conquistou o terceiro lugar na categoria engenharia. A partir deste primeiro prêmio, o grupo quer continuar participando de feiras e eventos que possam levar o projeto. “Queremos ainda fazer umas melhorias e dar continuidade no software. Queremos ver ele voando”, disse Arthur.

“Acreditamos que a ferramenta tem potencial para ir além da sala de aula, mas também atender reuniões de trabalho e outras necessidades”, concluiu Henrique.

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