O prefeito de Nova Odessa, Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD), disse durante velório do secretário de Governo, Marco Antônio Barion, o Russo, que corre risco de morte e que o assassinato do político pode ter sido um recado para ele. O corpo de Russo foi velado no paço municipal, na manhã desta terça-feira (7), e seguiu para Garça, cidade natal dele, onde foi sepultado em um mausoléu da família.

Em discurso durante cerimônia de despedida, Leitinho disse que a morte de braço-direito pode ter sido um recado para ele. “Eu também corro risco. Muito falam ‘Leitinho, isso é um recado para você’. Eu estou me fortalecendo com Deus, não vou andar com segurança porque nunca gostei. Antes eu não lia um salmo inteiro, mas agora leio todos os dias. E Deus está me livrando. Quem sabe, não sei, poderia ter sido eu no lugar dele”, disse o prefeito.

Ainda durante discurso, o chefe do executivo disse que apesar do Russo ser muito querido pelas pessoas, se alguém tivesse alguma coisa contra o político, poderia ter feito uma denúncia.

“É uma maldade. Tudo bem, tem alguma coisa contra? Denuncia, faz alguma coisa, liga, mas tirar a vida? Isso já passa dos limites aceitáveis dentro da política”, criticou.

O prefeito, que preferiu não falar com a imprensa, finalizou o discurso cobrando justiça. “Quem fez isso vai ter que pagar. Tem que ter justiça. A Justiça tem que descobrir quem matou e, o principal, é descobrir quem mandou fazer isso. A pessoa é do mal, não pode ficar impune”, concluiu.  

Crime
Marco Russo, ex-presidente do PT em Americana, foi assassinado a tiros na manhã de segunda-feira, por volta de 7h30. O crime ocorreu em frente a um conjunto de prédios no Jardim Marajoara, em Nova Odessa, no cruzamento entre ruas Guilherme Klavin e Rute Klavin Grikis. Ele havia assumido o cargo de secretário em janeiro deste ano, tinha 52 anos e estava morando neste condomínio há oito meses meses.

Segundo imagens de uma câmera de segurança, às quais o LIBERAL teve acesso, foi possível observar que um Fiat Uno branco, com rodas sem calotas, esperou estacionado sob uma árvore na Rua Rute Klavin. Quando o carro do secretário fez a curva vindo da Rua Guilherme Klavin e entrou onde os assassinos estavam, o Fiat Uno deixou o local onde estava estacionado e fechou o veículo de Russo, um Citroën Aircross.

Nesse momento, o atirador desceu do local do lado do passageiro, se aproximou da janela do carro do secretário e fez os disparos. O atirador atirou por diversas vezes a menos de um metro de distância do secretário. Depois, volta para o Uno, que foge no sentido da Avenida Brasil. A ação dura cerca de 20 segundos.

Foram identificados 13 disparos e a suspeita é de que pelo menos duas armas tenham sido usadas no crime.

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O caso está sob investigação do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de Piracicaba, divisão especializada em crimes de repercussão. O Departamento investiga o caso como crime político, conforme apurou o LIBERAL.