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Nova Odessa

Durante discurso em velório, viúva de Russo pede por justiça

Talita Moção estava casada há pouco tempo com secretário de Governo e diz que não vai parar de buscar justiça

Por Maria Eduarda Gazzetta

07 de dezembro de 2021, às 17h18 • Última atualização em 07 de dezembro de 2021, às 19h21

Ao LIBERAL, Talita disse que espera que as investigações acelerem o quanto antes e que enxerga a execução como crime político - Foto: Marcelo Rocha - O Liberal.JPG

Talita Monção, viúva do secretário de Governo da Prefeitura de Nova Odessa, Marco Antônio Barion, o Russo, assassinado na manhã de segunda-feira (6), pediu justiça contra os criminosos, durante discurso no velório. O corpo de Russo foi velado no paço municipal, na manhã desta terça-feira (7) e seguiu para Garça, cidade natal dele, onde foi sepultado em um mausoléu da família.

“Nós perdemos não só o secretário de Governo da cidade, nós perdemos alguém que estava lutando por política pública, lutando por um sonho de uma cidade melhor. Eu não vou parar em nenhum momento enquanto não houver justiça”, disse.

Ainda em seu discurso durante a cerimônia, Talita agradeceu a todos os militantes do PT, partido do qual Russo foi presidente em Americana. A viúva também disse que estavam casados há pouco tempo e que era um pai exemplar para o filho dela de cinco anos. “Um marido que eu sonhei. E agora, nós recém-casados, sofremos uma tragédia como essa”, lamentou a viúva.

Ao LIBERAL, Talita disse que espera que as investigações acelerem o quanto antes e que enxerga a execução como crime político. “Eu não vejo outra razão [crime político]. Isso não passará impune, buscamos por Justiça e a justiça será feita”, finalizou.

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Crime
Marco Russo foi assassinado a tiros na manhã de segunda-feira, por volta de 7h30. O crime ocorreu em frente a um conjunto de prédios no Jardim Marajoara, em Nova Odessa, no cruzamento entre ruas Guilherme Klavin e Rute Klavin Grikis. Ele havia assumido o cargo de secretário em janeiro deste ano, tinha 52 anos e estava morando neste condomínio há oito meses meses.

Segundo imagens de uma câmera de segurança, às quais o LIBERAL teve acesso, foi possível observar que um Fiat Uno branco, com rodas sem calotas, esperou estacionado sob uma árvore na Rua Rute Klavin. Quando o carro do secretário fez a curva vindo da Rua Guilherme Klavin e entrou onde os assassinos estavam, o Fiat Uno deixou o local onde estava estacionado e fechou o veículo de Russo, um Citroën Aircross.

Nesse momento, o atirador desceu do local do lado do passageiro, se aproximou da janela do carro do secretário e fez os disparos. O atirador atirou por diversas vezes a menos de um metro de distância do secretário. Depois, volta para o Uno, que foge no sentido da Avenida Brasil. A ação dura cerca de 20 segundos.

Foram identificados 13 disparos e a suspeita é de que pelo menos duas armas tenham sido usadas no crime.

O caso está sob investigação do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de Piracicaba, divisão especializada em crimes de repercussão. O Departamento investiga o caso como crime político, conforme apurou o LIBERAL.

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