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El Shaday

Casa de repouso é interditada pela 2ª vez em Nova Odessa

Vigilância Sanitária de Nova Odessa identificou uma série de irregularidades na Instituição El Shaday Centro de Acolhimento

Por André Rossi

19 de novembro de 2019, às 09h56

A Vigilância Sanitária de Nova Odessa interditou no começo deste mês a Instituição El Shaday Centro de Acolhimento. É a segunda vez em dois meses que a casa de repouso teve as atividades suspensas por conta de uma série de irregularidades, como alimentos vencidos e falta de higiene. Até então, a clínica funcionava em outro endereço.

A vistoria no imóvel, localizada na Rua Anchieta, ocorreu no dia 7 de novembro e foi motivada por uma denúncia anônima. A residência não era adaptada para receber as 11 idosas que estavam internadas de forma clandestina, segundo a prefeitura.

Foto: Divulgação
Em outubro, casa de repouso que funcionava em outro endereço, já havia sido fechada pela Vigilância Sanitária

Segundo a diretora de Vigilância em Saúde de Nova Odessa, Priscila Peterlevitz, foram localizados medicamentos fracionados, alimentos armazenados de forma irregular e obstáculos que “colocavam a integridade dos idosos em risco”.

“Quando entramos na casa, constatamos que havia 11 idosas e apenas nove camas; uma delas dormia no chão”, afirmou Priscila.

A Vigilância Sanitária deu prazo de 48 horas para que as idosas fossem reintegradas a suas famílias e uma relação com nome e endereço de cada uma fosse entregue. A vistoria final do imóvel foi realizada pelo órgão no dia 14 de novembro.

Em outubro, a casa de repouso, que funcionava em outro endereço, foi fechada pela Vigilância Sanitária após decisão da juíza da 1ª Vara Judicial de Nova Odessa, Juliana Brescansin Demarchi.

A magistrada argumentava que a instituição não realizou as adequações apontadas pelo MP (Ministério Público) na ação civil pública. O pedido foi feito em maio após a promotoria identificar que o centro mudou de endereço sem informar as autoridades.

“Esse centro de acolhimento vem sendo autuado pela Prefeitura desde 2017, por falta de alvará sanitário, ausência de laudo técnico de avaliação, instalações físicas inadequadas, entre muitas outras irregularidades. O que eles fizeram agora? Deixaram o imóvel onde operavam irregularmente e transferiram as atividades para essa casa, no Centro da cidade. Ou seja, descumpriram a ordem judicial”, afirmou Priscila.

O LIBERAL entrou em contato com o advogado da instituição, Marlon Bartolomei, mas ele disse que não comentaria o caso. A reportagem não conseguiu contato com os proprietários até o fechamento desta edição.

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