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Nova Odessa

Câmara aprova CP para investigar Polaco por quebra de decoro

Pedido de cassação foi apresentado na última sexta-feira; prazo para conclusão dos trabalhos é de 90 dias

Por André Rossi

13 de julho de 2020, às 19h21 • Última atualização em 13 de julho de 2020, às 20h39

Polaco assumiu a cadeira o no dia 29 de junho após a ex-vereadora Carol Moura (Podemos) renunciar ao cargo – Foto: Arquivo / O Liberal

A Câmara de Nova Odessa aprovou na sessão ordinária desta segunda-feira (13), por unanimidade, a abertura de uma CP (Comissão Processante) para investigar o vereador Wladiney Pereira Brigida, o Polaco (PL), alvo de um pedido de cassação por quebra de decoro.

O político assumiu a cadeira o no dia 29 de junho após a ex-vereadora Carol Moura (Podemos) renunciar ao cargo momentos antes da sessão extraordinária que votaria o parecer pela sua cassação. A reunião ocorreu no dia 27 de junho.

Na sessão desta segunda, Polaco pediu para usar a palavra antes da votação. Porém, o presidente da câmara, Vagner Barilon (PSDB), disse que não havia previsão regimental e negou a solicitação. Mesmo assim, o vereador se pronunciou.

“Só queria pedir transparência para os nobres pares para que votem a favor mesmo. Para que abram a comissão”, disse Polaco antes de ser interrompido pelo presidente.

A comissão foi formada via sorteio. Elvis Ricardo Garcia Maurício Garcia, o Pelé (PSDB), é o presidente. Tiago Lobo (PV) será o relator, enquanto Antonio Alves Teixeira, o Professor Antonio (PSD) entra como membro.

Agora, o grupo tem 90 dias para concluir os trabalhos e apresentar o relatório final. O prazo não será interrompido durante o recesso parlamentar, que começa nesta quarta-feira e vai até o dia 31 de julho.

Ao final do processo, se o parecer da comissão for pela perda do mandato, a câmara procederá exatamente como fez no caso da vereadora Carol Moura: convocar o suplente de Polaco para votar. No caso, o segundo suplente é Oseias Domingues (DEM).

O pedido

De autoria da técnica de enfermagem Simone Alcantara Teixeira, 42, o pedido de cassação tem como base um caso do dia 27 de março de 2018, quando o então suplente foi preso na cidade de Itatinga-SP.

Na época, Polaco trabalhava como perito do Detran e foi acusado de cobrar propina para facilitar a aprovação de uma mulher num exame para obtenção de CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Ele pagou fiança e foi liberado.

O processo criminal está em tramitação pelo Foro de Itatinga e ainda não houve denúncia por parte do MP (Ministério Público).

Em nota, Polaco disse que foi “acusado injustamente e sem provas” e reforçou que não há nenhuma condenação “ou prova de conduta irregular”.

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