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Nova Odessa

Câmara aprova projeto que proíbe fogos de artifício em Nova Odessa

Emenda que liberava uso para eventos religiosos foi rejeitada pelos vereadores

Por André Rossi

17 de agosto de 2020, às 20h56

A Câmara de Nova Odessa aprovou nesta segunda-feira (17) o projeto de lei que proíbe a soltura de fogos de artifício que façam barulho. Já a emenda que liberava o uso para eventos religiosos foi rejeitada pela maioria dos vereadores.

O projeto, de autoria do vereador Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD), será votado em redação final na sessão da próxima semana. Na sequência, segue para sanção do prefeito Benjamin Bill Vieira de Souza (PSDB).

A emenda rejeitada foi apresentada por Elvis Ricardo Maurício Garcia, o Pelé (PSDB). Em entrevista ao LIBERAL no início do mês, o vereador justificou que o intuito era “deixar o pessoal da igreja católica à vontade para soltar ou não”.

Outra emenda rejeitada do parlamentar previa que os estabelecimentos comerciais afixassem material gráfico para alertar aos clientes sobre as proibições impostas pela lei e as possíveis consequências nocivas à saúde humana e animal.

Porém, uma terceira proposta aditiva de Pelé foi acatada. O texto prevê que a multa de R$ 2 mil seja dobrada caso a infração ocorra a menos de 500 metros de hospitais, casas de repouso e unidades escolares.

A alteração garante para a prefeitura a possibilidade de reverter os valores arrecadados com as multas para o custeio de ações de conscientização junto à população e instituições ou associações.

Presidente da AAANO (Associação Amigos dos Animais de Nova Odessa), Carlos Eduardo Pinotti Junior comemorou a aprovação do projeto. Membros da entidade – que fizeram campanha pelo fim dos fogos – participaram da sessão virtual através de comentários pela página da câmara no Facebook.

“A gente vem trabalhando, pedindo isso há muitos anos. Faz oito anos que estou na associação e que estava esperando por isso. Finalmente foi aprovado, depois de muita luta. Sabemos que a fiscalização vai ser um pouco complicada, a gente vai pegar no pé do poder público, mas que seja um primeiro passo de conscientização”, disse Carlos Eduardo.

Questionado pelo LIBERAL, Pelé avaliou que a emenda sobre os eventos religiosos foi rejeitada por uma “questão política”, e não pela repercussão entre os defensores dos animais.

“Até porque a lei é do vereador Leitinho. Entendo que o grupo de oposição tentou preservar ao máximo o projeto dele. Não classifico que foi pela repercussão dada a emenda”, afirmou Pelé.

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