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Condenação

Ajudante é condenado novamente por pichação contra Bill

O homem teria pintado na parede da garagem de casa os dizeres: “Cidade onde bicheiro é prefeito..nois tem que ser mais que bicho solto. Billadrão"

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16 de dezembro de 2020, às 08h27 • Última atualização em 16 de dezembro de 2020, às 09h32

A Justiça de Nova Odessa condenou, em primeira instância, um ajudante de pintor de 37 anos acusado de pichar o muro de sua residência com ofensas ao prefeito Benjamin Bill Vieira de Souza (PSDB).

Essa é a segunda vez que ele é condenado por ofender o chefe do executivo. Ainda cabe recurso.

Pichação contra Bill gerou condenação para ajudante – Foto: TJ-SP/Reprodução

Ele foi sentenciado a um mês e dez dias de prisão, em regime aberto. A pena, no entanto, foi convertida em prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período da condenação. A reportagem tentou contato com a sua defesa para um posicionamento, mas não houve retorno.

O homem teria pintado na parede da garagem de sua casa, no Residencial Mathilde Berzin, os dizeres: “Cidade onde bicheiro é prefeito..nois tem que ser mais que bicho solto. Billadrão”. O prefeito da cidade viu a parede pichada quando foi visitar um ecoponto, em dezembro de 2018, e acionou a GCM (Guarda Civil Municipal).

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Ao chegar em casa, Bill ainda descobriu, através de familiares, que o acusado mantinha um perfil no Facebook para divulgar as incrições feitas em locais da cidade. Um boletim de ocorrência foi registrado no plantão policial de Nova Odessa e a Polícia Civil passou a investigar o caso.

Durante o inquérito policial, o réu foi ouvido e confessou que realmente pichou a parte externa do muro da casa. Ele não deu motivos para o ato, mas disse que, como se trata de sua casa, ele “picha o que quiser”. Essas informações constam no processo judicial do qual o LIBERAL teve acesso.

No processo, a defesa do ajudante pediu a absolvição dele, alegando que ninguém viu as pichações sendo feitas e que, portanto, não houve provas. Ainda citou que o réu não tem maus antecedentes criminais.

Na sentença, a juíza Juliana Brescansin Demarchi, entendeu que Bill foi humilhado e que ficou comprovado que o ajudante foi o responsável pelas inscrições.

“Ao injuriar o funcionário público propagando a expressão “billadrão”,o réu desprestigiou, menosprezou e humilhou o funcionário público no exercício de suas funções, extrapolando a livre manifestação do pensamento e configurando injúria dolosa”, diz um trecho da decisão.

Em nota, o prefeito disse que aceita críticas ao seu trabalho, mas não os ataques contra a sua pessoa e sua família. “As redes sociais não são ‘terra de ninguém’ e cada um deve assumir a responsabilidade em cima daquilo que diz ou faz. E a Justiça está mostrando isso, já que essa é a segunda condenação que esse cidadão sofre em menos de um ano”, afirmou.

Procurada, a defesa do réu afirmou que não poderia comentar o caso pois a sentença ainda não foi publicada e porque se trata de um processo de defensoria pública.

Em maio desse ano, o ajudante já havia sido condenado por pichar um monumento da Avenida Carlos Botelho com os mesmo dizeres.

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