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COVID-19

Morre Angelo Perugini, prefeito de Hortolândia, vítima do coronavírus

Eleito quatro vezes para comandar o Executivo de Hortolândia, ele estava internado em um hospital de São Paulo desde 3 de fevereiro

Por Talita Bristotti / Bruno Moreira

01 de abril de 2021, às 11h05 • Última atualização em 02 de abril de 2021, às 10h20

O prefeito de Hortolândia, Angelo Perugini (PSD), morreu às 10h15 desta quinta-feira (1) aos 65 anos, vítima da Covid-19, em São Paulo. Ele ficou internado por 59 dias. Eleito novamente em novembro do ano passado para estar à frente do município, ele permaneceu apenas durante o primeiro mês do quarto mandato na rotina diária de chefe do executivo. José Nazareno Gomes, o Zezé (PL), vice na chapa vencedora, será o responsável por gerir a cidade até 2024.

Perugini estava internado desde 1º de fevereiro, mesmo dia em que recebeu o diagnóstico positivo para a doença – Foto: Talita Bristotti / O Liberal

Mais cedo, ainda nesta quinta, a prefeitura havia divulgado que ele havia sofrido significativa piora em seu estado de saúde, inclusive com a possibilidade de as funções cerebrais terem sido afetadas. Foram realizados novos exames para dimensionar o impacto do agravamento, mas horas depois o óbito foi confirmado.

Perugini estava internado desde 1º de fevereiro, mesmo dia em que recebeu o diagnóstico positivo para a doença. Ele deu entrada no Hospital Samaritano, em Campinas, e no dia 3 do mesmo mês foi transferido para um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital de São Paulo, onde foi intubado seis dias depois, em 9 de fevereiro.

O político teve momentos de estabilidade e sinais de melhora em meio ao tratamento na UTI, de acordo com os boletins divulgados pela Prefeitura de Hortolândia no período. O estado de saúde agravado foi comunicado no dia 24 de março e o óbito, confirmado nesta quinta.

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No dia 15 de fevereiro, a câmara concedeu ao prefeito o afastamento por período ilimitado e, desde então, a prefeitura é comandada pelo vice-prefeito Zezé.

Trajetória

Natural de Jacutinga (MG), o professor Angelo Perugini chegou à região em 1981. Foi casado com a ex-deputada federal Ana Perugini (PT), com quem teve três filhas. Atualmente, era filiado ao PSD, mas teve passagem marcante pelo PT e ainda pelo PDT, antes da sigla atual.

Angelo estava em seu quarto mandato como prefeito de Hortolândia. Ele comandou a cidade entre 2005 a 2012, foi eleito para o terceiro mandato em 2017 e reeleito em 2020.

Perugini começou sua carreira política como vereador em Sumaré (1989/1992). Ainda foi vice-prefeito de Hortolândia entre 1997 a 2000 e deputado estadual entre 2015 a 2016. Em seu currículo, o político atuou como coordenador da Secretaria Estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), em 1985.

Em nota, divulgada por volta das 14h, a Prefeitura de Hortolândia lamentou não ter dado tempo de Perugini ser vacinado contra o novo coronavírus.

Repercussão

A morte de Perugini teve manifestações de políticos nesta quinta-feira (veja a repercussão). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou o falecimento em publicação nas redes sociais. O ex-companheiro de partido – Perugini ganhou duas eleições para a prefeitura pelo Partido dos Trabalhadores – o tratou como “amigo e companheiro”.

“Alguém que construiu e esteve conosco no Partido dos Trabalhadores por muitas décadas, e que sempre lutou para a melhoria das condições de vida do povo de Hortolândia, do estado de São Paulo e do Brasil”, prosseguiu Lula.

Em nota, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que Perugini “honrou o cargo que ocupou e foi exemplo de dedicação à população”, ao lembrar as quatro vitórias obtidas nas urnas em corridas pelo executivo do município.

“Sua colaboração para a emancipação do município e desenvolvimento da região é um legado muito importante. A família e amigos, meus sinceros pêsames”, completou o titular do Palácio dos Bandeirantes.

Família

Em nota divulgada à imprensa, a família de Perugini afirmou que o prefeito era “homem humilde, pai amoroso e gestor público comprometido”.

“Nesses 59 dias, ele lutou bravamente contra a doença, como fez a vida toda, seja pela harmonia e bem-estar da família, seja pelo desenvolvimento de Hortolândia e, principalmente, pela melhoria das condições de vida do povo hortolandense”, diz um trecho. Leia a nota completa aqui.

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