Hortolândia
Sequestro teve planejamento de funcionário, conclui polícia
Apuração diz que responsável por plano trabalha na empresa do pai da vítima; Ministério Público denunciou sete pessoas
Por Walter Duarte
04 de julho de 2019, às 15h07
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/hortolandia/sequestro-teve-planejamento-de-funcionario-conclui-policia-1037246/
A Polícia Civil de Hortolândia concluiu que um funcionário da empresa da família foi o responsável por planejar o sequestro do filho de um empresário, ocorrido em maio. Na última semana, o Ministério Público apresentou denúncia e pediu a prisão preventiva (sem prazo para expirar) de sete pessoas envolvidas no crime.
O mentor foi “delatado” por pelo menos outros dois integrantes do grupo, que ouviram reclamações dele sobre “falta de valorização” na empresa do pai da vítima, onde ele exercia a função de supervisor. Sabendo da rotina do filho do patrão, ele procurou por pessoas dispostas a “executar” o plano.
Em depoimento, o homem tentou atribuir a autoria intelectual do caso a um policial civil, mas a investigação não encontrou indícios de participação do servidor público.
A vítima, de 25 anos, foi capturada enquanto ia de Campinas para Hortolândia, onde fica a fábrica da família. Ele foi mantido em um cativeiro no bairro Jardim Amanda, e a família chegou a pagar uma quantia pelo resgate. O grupo, no entanto, teria exigido mais dinheiro, alegando que conhecia a rotina de toda a família e poderia realizar novos sequestros.
Ao registrar a ocorrência, o jovem informou aos policiais sobre um adesivo que viu colado no carro usado para levá-lo ao local do cárcere. Com essa informação, os agentes fizeram buscas pelo bairro e encontraram os primeiros suspeitos.
Imagens e mensagens nos celulares dos primeiros presos levaram os investigadores até os outros integrantes da quadrilha. Foram recuperados R$ 3,5 mil com os bandidos e localizados mais R$ 4,3 mil, depositados por um suspeito na conta bancária da dona da casa usada como cativeiro.
Os sete suspeitos tiveram a prisão temporária decretada logo no início das investigações. A Justiça acolheu o pedido do MP e todos vão responder, presos, pelos crimes de roubo, extorsão mediante sequestro e associação criminosa armada. Se condenados, as penas podem chegar a 16 anos de prisão.