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Caso Maria Clara

Menina de 5 anos assassinada pelo padrasto é sepultada em Hortolândia

Velório teve início por volta de 7h e sepultamento ocorreu às 10h, no Cemitério Parque Hortolândia; cerca de 100 pessoas estiveram presentes à despedida

Por Heitor Carvalho

19 de dezembro de 2020, às 14h11 • Última atualização em 19 de dezembro de 2020, às 14h18

O corpo da menina Maria Clara Calixto Nascimento, de 5 anos, que foi estuprada e assassinada pelo padrasto em Hortolândia, na manhã de quinta-feira (17), foi sepultado por volta de 10h deste sábado (19), no Cemitério Parque Hortolândia, no Jardim São Jorge.

Cerca de 100 pessoas, entre familiares e amigos, acompanharam a despedida.

Policiais militares, guardas civis e alguns veículos de imprensa também estiveram presentes ao cemitério. Apesar de muitos parentes estarem bastante abalados, a cerimônia transcorreu com tranquilidade.

Sepultamento foi realizado na manhã deste sábado, em Hortolândia – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

A mãe de Maria Clara, a encarregada de produção Franciéle Kauane Viana Nascimento, 25 anos, foi abordada pela reportagem, mas não quis dar nenhuma declaração devido ao estado emocional delicado em que se encontrava. O pai, Alex Calixto dos Santos, 26 anos, também não quis falar.

A morte da menina provocou protesto na Delegacia de Hortolândia na última sexta-feira (18). Antes disso, um cinegrafista da Record TV foi agredido com socos, mordidas e atingido por pedras. Na sequência, o carro da emissora também foi apedrejado.

Posteriormente, no início da tarde, populares revoltados com a morte da menina “cercaram” a delegacia, localizada no Parque dos Pinheiros, e atearam fogo em pneus na entrada da Rua Flamboyant. A movimentação fez com que a polícia isolasse a entrada da sede da Polícia Civil.

Cerca de 100 pessoas, entre familiares e amigos, estiveram presentes ao enterro – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

A cozinheira Zuleide Viana, 52 anos, avó da vítima, falou à reportagem durante o velório e disse que a menina havia dado alguns sinais de que não queria que Cássio ficasse por perto dela.

“Nas últimas três semanas antes do que aconteceu, a Maria Clara estava diferente, ficou muito quieta. Ela sempre queria ficar perto de mim ou do tio dela. Ela também não queria que o Cássio ficasse próximo”, contou.

Zuleide também disse que a menina havia comentado com a bisavó, poucos dias antes do crime, que sentia dores.

Corpo da menina foi encontrado na manhã de sexta-feira em um terreno baldio – Foto: Reprodução

“Ela reclamou que estava com ‘dodói’ nas partes íntimas. Mas como ela tinha assaduras com frequência, não pensamos que pudesse ser algo mais grave. Nós achamos estranho, mas, infelizmente, não entendemos o que estava acontecendo”, afirmou.

Crime
A criança foi estuprada e morta pelo padrasto, Cássio Martins Camilo, de 27 anos, que deixou o corpo da vítima em um terreno baldio na Rua Irmã Nazária Rita de Fillipi, no bairro São Felipe, região do Vila Real, próximo à casa da família.

O delegado titular de Hortolândia, João Jorge Ferreira da Silva, confirmou que os crimes foram cometidos pelo padrasto, que já tinha passagem por estupro.

O homem confessou e foi preso em flagrante. Ainda segundo o delegado, a suspeita é de que a criança tenha sido morta por asfixia. o corpo da criança estava dentro de uma caixa de papelão, coberto por plástico.

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