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Covid-19

Hortolândia tem índice de mortalidade pela Covid-19 acima da média nacional

O índice na cidade é de 5,63 mortes por 100 mil habitantes, enquanto no País a taxa é de 3,31

Por Marina Zanaki

22 de maio de 2020, às 09h10

A taxa de mortes por coronavírus por 100 mil habitantes em Hortolândia está acima da média nacional. A constatação foi feita pelo Observatório PUC (Pontifícia Universidade Católica) Campinas.

O índice na cidade é de 5,63 mortes por 100 mil habitantes. No Brasil, a taxa é de 3,31 por 100 mil habitantes. O Observatório usou dados de 17 de maio.
Na ocasião, Hortolândia tinha confirmado 12 mortes por coronavírus. Desde então, mais uma pessoa morreu por conta da doença.

Hortolândia só ganhou UTI essa semana – Foto: Prefeitura de Hortolândia / Divulgação_19.5.2020

Um dos fatores que contribuiu para o crescimento da mortalidade na cidade foi a contaminação em uma casa de repouso, que matou seis idosos entre abril e maio.

“Precisamos medir esse padrão de forma regional, pois temos uma dinâmica regional bastante integrada. A pessoa que mora em Hortolândia estuda em Campinas e trabalha em outra cidade. Nesse sentido, a região está com níveis de mortalidade e de casos comparáveis aos municípios que estão em melhor situação no Brasil”, analisou o professor e economista Paulo Oliveira, que comandou o estudo.

A taxa de mortalidade por 100 mil habitantes na RMC (Região Metropolitana de Campinas) é de 1,5 óbitos – uma das mais baixas do país, segundo Oliveira.

Por meio do estudo, é possível comparar a mortalidade entre cidades de maneira proporcional à população.

Nova Odessa registra apenas duas mortes por coronavírus, mas tem taxa de óbitos maior do que Americana, que tem quatro mortes.

Enquanto Nova Odessa tem taxa semelhante à do país, com 3,31 mortes por 100 mil habitantes, Americana tem mortalidade de 1,66 para essa a proporção da população.

O professor observou que os números de casos e mortes podem ser influenciados por fatores locais, como características de produção, densidade populacional e capacidade do sistema de saúde.

Cidade com maior mortalidade, Hortolândia passou a contar apenas esta semana com UTI própria – foram inaugurados dez leitos no Hospital Municipal Mário Covas.

Em relação à incidência de casos, Santa Bárbara d’Oeste tem uma das taxas mais baixas da RMC – 14,47.

O economista alerta que, apesar de os números da região estarem baixo em relação ao número de habitantes, isso não é um indicador que já é o momento de flexibilizar o isolamento social.

Ele defende que os índices “confortáveis” apurados na região estão relacionados à quarentena.

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