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HABITAÇÃO

Hortolândia suspende novos loteamentos e condomínios residenciais até 2022

Projetos que já estavam em andamento continuam; prefeitura teme impacto na cidade, cita desabastecimento e fará estudos

Por Pedro Heiderich

18 de junho de 2021, às 14h13 • Última atualização em 19 de junho de 2021, às 10h09

Decreto cita preocupação com infraestrutura e abastecimento de novos condomínios residenciais e quer reservar áreas para moradias populares – Foto: Divulgação

Com alta procura e temendo o impacto que novas moradias podem causar na cidade, Hortolândia suspendeu em decreto publicado nesta terça-feira (15) a aprovação de novos projetos de loteamentos e condomínios residenciais até 2022.

Segundo a prefeitura, a suspensão se dá por conta do excesso de demanda no volume em análise e de novos processos para a aprovação. O município vai analisar se tem capacidade em absorver novos projetos.

Os processos que já estão em análise continuam seu trâmite normalmente.

No decreto, a prefeitura demonstra preocupação com a infraestrutura e o abastecimento com eventuais novos condomínios residenciais e quer reservar áreas para moradias populares, visando atender a população mais pobre.

O resultado dos estudos definirá se o decreto será prorrogado ou suspenso.

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O presidente vereador Valdecir Alves Pereira, o Nego (PSD), falou com o LIBERAL.

“O prefeito vai fazer uma análise geral de como está a cidade. Precisamos saber o impacto na saúde, na educação da cidade, antes de aceitar novos projetos. Para não ter problemas no futuro”, explica.

No decreto, o prefeito José Nazareno Gomes,o Zezé Gomes (PL) destaca que Hortolândia é uma cidade nova, que ainda está sendo planejada e não tem toda a infraestrutura necessária. O município se emancipou de Sumaré há 30 anos.

A publicação ressalta ainda o grande fluxo na cidade por conta de sua localização na RMC (Região Metropolitana de Campinas), podendo ser acessada por três grandes rodovias: Dom Pedro, Anhanguera e Bandeirantes, e a proximidade do Aeroporto de Viracopos.

O prefeito argumenta na decisão que Hortolândia apresenta crescimento populacional acima da média da década passada. Áreas ainda não ocupadas da cidade não têm em seu entorno a infraestrutura necessária, alega Zezé.

No decreto, o prefeito considera que a expansão habitacional precisa contemplar a população mais vulnerável com moradias populares ao invés de novos condomínios, “sendo necessário reavaliar a disponibilização e ou reserva de áreas para estes empreendimentos”.

O decreto ainda considera “a preocupação com o abastecimento de água e tratamento de esgoto para esta nova demanda” e que o crescimento da população “implicará na urgente necessidade de melhoras no transporte, trânsito, saúde, educação, saneamento e serviços públicos”.

Segundo Zezé, a Secretaria de Planejamento Urbano e Gestão Estratégica, “já tem a solicitação de muitos projetos para aprovação, e continua recebendo um grande volume de projetos para serem analisados”.

O decreto encerra apontando que estas obras terão custo elevado e acontecerão a médio e longo prazo.

Nova Odessa

Em Nova Odessa, o prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD), suspendeu em decreto em fevereiro a aprovação de novos loteamentos habitacionais na cidade por 120 dias.

A intenção era semelhante, revisar os pedidos de regularização de empreendimentos, que poderiam ocasionar um aumento abrupto de 44,7 mil moradores nos próximos anos.

O prazo venceu em maio, quando um dia depois, Leitinho aprovou dois novos loteamentos habitacionais, de quase 900 lotes, ainda da gestão passada da prefeitura.

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