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Trânsito

Hortolândia puxa redução no número de acidentes na região

Comparação entre os meses de fevereiro de 2020 e 2021 aponta uma queda de 26,6% na cidade, e de 2,72% na RPT

Por Leonardo Oliveira

20 de março de 2021, às 08h50

As cinco cidades da RPT (Região do Polo Têxtil) viram cair de 294 para 286 o número de acidentes de trânsito em fevereiro desse ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. A redução foi garantida pelos números registrados em Hortolândia.

O município teve um decréscimo de 45 para 33 (26,6%) nas ocorrências contabilizadas, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela plataforma Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo).

Ao todo foram nove óbitos registrados no trânsito em fevereiro na região, segundo o Infosiga – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

Outras três cidades da região tiveram redução tímida. Em Americana, a queda foi de 1,98% (101 para 99), Santa Bárbara d’Oeste registrou variação negativa de 2,63% (76 para 74), e Sumaré manteve o mesmo número de 61 mortes que havia tido em fevereiro de 2020, enquanto que, Nova Odessa, na contramão da RPT, viu subir em 72,7% o número de acidentes (11 para 19).

Esses dados englobam tanto os acidentes sem vítima quanto aqueles em que um dos envolvidos faleceu. Ao todo, foram nove óbitos registrados no trânsito em fevereiro – no mesmo período do ano passado, haviam sido dez falecimentos.

Para o secretário de Mobilidade Urbana de Hortolândia, Atilio André Pereira, a cidade conseguiu se sobressair às demais no índice do mês passado graças a intervenções realizadas em vias problemáticas para a ocorrência de colisões.

“A gente tem atacado os lugares. Por exemplo, a Avenida Santana, em 2019 nós tivemos quatro mortes e um conjunto de outros acidentes. A gente colocou três semáforos a mais e reduziu a velocidade para 50 km/h e, em 2020, não teve nenhuma morte na avenida”, disse ao LIBERAL.

Segundo Atilio, o município faz, todo mês, um cruzamento dos dados disponíveis sobre o tráfego de veículos. A partir dos gargalos identificados, investe na instalação de lombadas, radares ou mudanças na sinalização viária, além de melhorias na iluminação pública.

Para o especialista em trânsito e professor de engenharia civil da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Creso de Franco Peixoto, a redução de acidentes está relacionada ao “recrudescimento da pandemia”, com menos viagens sendo realizadas nas rodovias e vias municipais.

Há ainda uma tendência de que o aumento no preço do combustível tenha criado restrições para que os condutores saíssem com seus veículos, diz o especialista. “A redução de acidentes, caso se tenha uma redução dos movimentos veiculares, é devido a questões que independem de processos educacionais e equipamentos de apoio. Esses tendem a ajudar, mas a influência maior é a demanda viária”, finaliza.

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