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SAÚDE

Fábrica inaugurada com presença de Lula vai gerar 150 empregos diretos em Hortolândia

Novo complexo da EMS vai produzir medicamentos voltados aos tratamentos de obesidade e diabetes

Por Gabriel Pitor

24 de agosto de 2024, às 07h54 • Última atualização em 24 de agosto de 2024, às 08h01

A nova fábrica da EMS para produção de medicamentos voltados aos tratamentos de obesidade e diabetes, inaugurada nesta sexta-feira (23) em evento que contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai gerar 150 empregos diretos em Hortolândia.

O investimento na construção da estrutura foi de R$ 70 milhões, sendo R$ 48 milhões por meio de financiamento junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Evento na EMS contou com a presença do presidente Lula (PT) – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

Segundo o Grupo NC, proprietário da EMS, o novo complexo para produção de polipeptídeo sintético possibilitará a criação de dois medicamentos chamados de peptídeos, que serão comercializados com os nomes das moléculas liraglutida e semaglutida. Porém, antes de entrarem no mercado, os fármacos precisam ser aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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Esses remédios permitem os tratamentos da obesidade e das diabetes com menos efeitos colaterais. O custo de fabricação também é menor.

Futuro

“Os peptídios, hoje, são a grande inovação, a grande tecnologia da indústria farmacêutica. No futuro, nós acreditamos que entre os 10 principais medicamentos no mercado, cinco ou seis serão peptídeos. Hoje, já temos medicamentos do tipo faturando 8 milhões de dólares no mundo”, comentou Carlos Sanchez, presidente do Grupo NC.

De acordo com Fábio Barros, diretor técnico-científico da companhia, os peptídeos são moléculas compostas por aminoácidos ligados e são absorvidas por meio do intestino — ao invés de ser feita a aplicação por via venal. Isso faz com que o fármaco seja mais eficiente.

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Além disso, os aminoácidos podem ser estudados para que, com outras combinações de ligações, consigam agir contra outras doenças. Para isso, entretanto, foi necessário montar uma estrutura completamente mecanizada no complexo em Hortolândia.

“Além de toda complexidade estrutural do peptídeo, você tem de colocar em um frasco e testar esse frasco. Dentro da fábrica tem muitos maquinários customizados e são todos conectados para que todos os processos possam ser monitorados. A água e o ar são filtrados dentro da indústria”, disse Fábio.

O projeto teve financiamento aprovado pelo BNDES porque a intenção do governo federal é reduzir a dependência do Brasil para compra de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros. No caso dos peptídeos, segundo Lula, também há intenção de exportá-los para outros países.

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“Muita gente, inclusive em Hortolândia, não tem noção de que aqui tem uma fábrica capaz de produzir e competir com qualquer País do mundo em igualdade de condições”, afirmou o presidente, em seu discurso no evento.

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