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DUPLO HOMICÍDIO

Agente que matou irmãos em Hortolândia se apresenta, presta depoimento e é liberado

Agente penitenciário de 67 anos entregou a arma usada no crime e responderá em liberdade pelas mortes dos irmãos, que que não houve flagrante

Por Pedro Heiderich

27 de abril de 2021, às 19h13 • Última atualização em 28 de abril de 2021, às 12h36


O agente penitenciário José Vicente da Cruz, 67, que matou dois irmãos a tiros no sábado (24), em Hortolândia, se apresentou na delegacia na tarde desta terça-feira (27). O policial, que está afastado, foi ouvido pelo delegado responsável, João Jorge Ferreira da Silva, e entregou a arma utilizada no crime. Ele responderá em liberdade, pois não foi feito o flagrante.

José Vicente já teria ameaçado criança com arma por conta de som alto – Foto: Reprodução

Segundo o delegado assistente da Delegacia Seccional de Americana, José Luiz Joveli, José Vicente se apresentou junto de advogado e entregou a pistola que usou para efetuar os disparos que mataram os irmãos Adelmo e Eclécio Ferreira de Lima, de 39 e 36 anos.

“Ele foi interrogado, foram concluídas as formalidades e o delegado vai relatar no inquérito. Por enquanto não há ordem de prisão”. Joveli explica que a prisão só poderia ter sido feita se houvesse o flagrante do crime.

José Vicente fugiu logo após o duplo homicídio e era procurado desde então pela Polícia Civil. “A Polícia Civil fez sua parte, ouviu todo mundo e aguarda o laudo da arma. Depende da perícia, vai ser encaminhado ainda hoje”.

Assim que concluído, o inquérito será entregue à Justiça e ao Ministério Público, podendo o juiz responsável determinar a prisão do policial.

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O delegado assistente não revelou o que José Vicente disse à polícia em depoimento, alegando que as informações podem atrapalhar no processo do caso. Os irmãos foram velados e enterrados nesta segunda-feira (26).

O policial era vizinho de Adelmo e teria ido discutir com os irmãos, que bebiam em frente de casa, por conta de som alto, por volta das às 19 horas, momento em que efetuou os disparos com uma pistola, fugindo em seguida.

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Ao LIBERAL, a família dos irmãos relatou ameaça anterior do policial com arma à criança, por conta de barulho, e disse não acreditar na prisão do mesmo. A reportagem não conseguiu contato do policial, que não teve o telefone registrado em boletim de ocorrência.

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