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COVID-19

Abrigo de idosos tem seis mortes causadas pelo novo coronavírus em Hortolândia

Abrigo tem ainda mais 13 residentes diagnosticados com a doença, dos quais três já estão curados; 10 permanecem isolados e são atendidos por uma equipe exclusiva

Por André Rossi

05 de maio de 2020, às 18h12 • Última atualização em 05 de maio de 2020, às 19h21

Abrigo tem ainda mais 13 residentes diagnosticados com a doença, dos quais três já estão curados - Foto: Wagner Souza - Futura Press - Estadão Conteúdo

A clínica de longa permanência para idosos Lar Feliz 1, em Hortolândia, informou nesta terça-feira (5) que seis idosos morreram em decorrência do novo coronavírus (Covid-19).

O abrigo tem ainda mais 13 residentes diagnosticados com a doença, dos quais três já estão curados. Os outros 10 permanecem isolados e são atendidos por uma equipe exclusiva.

De acordo com a proprietária da clínica particular, Bárbara Aparecida da Silva, o resultado dos testes dos moradores ficaram prontos na segunda-feira (4). No total, 27 idosos vivem no local. Os 14 funcionários também foram testados e nenhum deles está contaminado.

A primeira vítima do Lar Feliz 1, que fica no bairro Chácaras Luzitana, foi uma idosa de 84 anos, que morreu no dia 13 de abril.

O prefeito Angelo Perugini (PDT) já havia mencionado que a mulher vivia em um asilo, mas não tinha divulgado o nome do local.

“Nós tivemos o primeiro óbito no dia 13 de abril. Não sabíamos ainda que era Covid. Tivemos o resultado no dia 18 de abril. Em hipótese alguma passou a ideia de que seria Covid porque os idosos não estão apresentado sintomas típicos da Covid. E se apresentam é de uma forma muito escondida, porque por trás eles já tê uma comorbidade”, comentou Bárbara.

Das seis vítimas fatais, quatro eram homens e duas mulheres, com idades entre 76 e 92 anos. Apenas três deles tiveram de ser encaminhados para a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) Nova Hortolândia por conta de complicações de saúde. Os demais faleceram no abrigo. Os óbitos mais recentes aconteceram nos dias 3 e 4 de maio.

Ainda segundo a proprietária da clínica, os testes foram realizados em todos os idosos e nos funcionários depois da quarta morte.

“Me chamaram para uma reunião e eu falei: como vou isolar aquele daquele se eu não tenho testes? Volto a repetir: eles não têm sintomas. Estava meio que impossível porque é um lugar fechado e todos têm comorbidades. Foi onde eles liberaram o teste pra todo mundo, inclusive funcionários”, disse Bárbara.

Todos os idosos estão em isolamento e existe uma equipe específica acompanhando os 10 que estão contaminados. Assim como nos outros casos, nenhum deles apresentou sintomas típicos da Covid-19.

“No momento, eles se encontram num quadro leve, assintomático. Quando é esse quadro, até pela orientação que temos do médico que está acompanhando, a conduta é manter eles aqui. Mudando de leve pra moderado, a gente tem que encaminhar pra UPA. Tem que esperar. É um dia pelo outro”, comentou Bárbara.

Em nota, a Prefeitura de Hortolândia disse que todos os casos relacionados a locais que abriguem um grande número de pessoas ou grupos de risco são monitorados pela Secretaria de Saúde.

“Moradores e funcionários que tenham tido contato com infectados também serão monitorados pela Secretaria de Saúde”, informou a prefeitura.

Casos em Hortolândia
De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Saúde de Hortolândia nesta terça-feira, a cidade tem 77 casos confirmados do novo coronavírus.

Dez pacientes morreram e 19 estão em isolamento domiciliar. Outros 41 já tiveram alta ou estão curados, e sete permanecem internados em outras cidades.

Há ainda 582 casos suspeitos, dos quais 38 estão em isolamento domiciliar. Oito estão internados na UPA Nova Hortolândia e três recebem atendimento fora do município. Até o momento, 237 casos já foram descartados após a realização de exames.

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