Campinas
Secretário de Saúde defende adiar o retorno da volta às aulas em Campinas
Volta às aulas na rede municipal de ensino de Campinas está agendada para começar a partir de 1º de março
Por Milton Paes
25 de fevereiro de 2021, às 14h57 • Última atualização em 25 de fevereiro de 2021, às 15h13
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O secretário de Saúde de Campinas, Lair Zanbon, disse em audiência pública na Câmara de Campinas, nesta quinta-feira (25), que não defende o retorno às aulas na rede municipal no momento. A volta está prevista para 1º de março.
A fala do secretário foi dada durante uma audiência pública na Câmara de Campinas.
“Eu particularmente estou defendendo o não retorno por conta do limite de leitos. Na verdade, a sensação que eu tenho é que estamos enxugando gelo. Hoje haverá uma discussão um pouco mais aprofundada sobre a volta as aulas. Provavelmente haverá uma resposta da prefeitura sobre esse assunto”, disse.
O secretário destacou ainda que a ciência atribui muito pouco a volta dos alunos à disseminação da doença. “Para nós, está muito claro sobre a disseminação da doença em festas, pois as pessoas saem desses ambientes, vão para casa e disseminam a doença. Eu comungo dessa ideia junto ao Devisa [Departamento de Vigilância em Saúde]”, defendeu.
Imunização
Lair Zanbon crê que Campinas é uma das cidades do país que mais se destacaram sob o ponto de vista de que se está vacinando bem.
“Isso não quer dizer que seja ideal. Na verdade nada é ideal, no momento em que tem pouca vacina. As escolhas dos grupos prioritários foram extremamente técnicas. Nós escolhemos centros de saúde e não postos de saúde, para não prejudicar o atendimento. O modelo adotado em Campinas, inclusive está sendo copiado em outras cidades”, destacou.
O secretário afirmou ainda que a Prefeitura de Campinas não descarta a possibilidade de comprar diretamente as vacinas contra a Covid-19 mas reconheceu que não existe ainda um posicionamento claro sobre isso.
Lockdown
Zanbon destacou que a prefeitura tomou medidas mais duras que o Governo do Estado na circulação de pessoas, mas que a adoção de um lockdown seria difícil na cidade.
“Acredito que ninguém precisa ficar embaixo da cama. As pessoas precisam ter cuidado. Usar uma máscara boa, fazer higiene das mãos e fazer um bom distanciamento social. A gente tem que fazer uma mudança do comportamento social e não conseguimos fazer isso na cabeça das pessoas”.