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Covid-19

Samaritano Campinas participa de estudo nacional sobre hidroxicloroquina

Uso da hidroxicloroquina contra coronavírus será testado em mais de mil pacientes de 100 unidades de saúde em todo o País

Por Marina Zanaki

29 de abril de 2020, às 10h28 • Última atualização em 04 de fevereiro de 2021, às 14h55

O Hospital Samaritano Campinas está participando de um estudo nacional que avalia a eficácia da hidroxicloroquina contra o novo coronavírus (Covid-19).

Batizado de Coalizão Covid-19 Brasil, o grupo reúne cerca de 100 hospitais do País e deve analisar mais de mil pacientes voluntários. A farmacêutica EMS, instalada em Hortolândia, apoia a pesquisa.

Formada por hospitais como o Israelita Albert Einstein, HCor, Sírio Libanês, Moinhos de Vento e Beneficência Portuguesa, a Coalizão vai analisar a eficácia do medicamento aplicado em pacientes em dois protocolos – apenas a hidroxicloroquina e também em associação com o antibiótico azitromicina.

Hospital Samaritano, em Campinas, iniciou os testes há uma semana com três pacientes – Foto: Divulgação

A expectativa é que os resultados sejam finalizados entre 30 e 90 dias. Na RMC (Região Metropolitana de Campinas), o Samaritano é o único hospital particular a participar da pesquisa.

Coordenador da Unidade Coronariana e UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Respiratória do Hospital Samaritano Campinas, o médico Hugo Bertipaglia destacou que o estudo tem “robustez”.

Até agora, os testes realizados no mundo envolvendo a eficácia da substância contra coronavírus têm sido alvo de questionamentos justamente por apresentarem um número reduzido de pacientes tratados.

O Hospital Samaritano iniciou os testes há uma semana, e três pacientes já estão recebendo o tratamento. “Nesse momento não temos como avaliar o benefício, começamos há uma semana, estamos captando pacientes e ainda não saíram as primeiras análises. Como médico, e pensando sempre de forma otimista, a gente acha que o remédio vai trazer benefícios para os pacientes”, disse o profissional.

Para participar do estudo, os pacientes devem estar em estado grave ou moderado, ter mais de 18 anos, consentir o recebimento do tratamento e ter menos de 14 dias de sintomas – períodos maiores que esse podem indicar outra doença respiratória, de acordo com Bertipaglia.

Segundo o médico, desde que os pacientes tenham o quadro de síndrome respiratória característica da doença, não é necessário que os voluntários tenham resultado positivo para Covid-19.

A farmacêutica EMS está fornecendo os medicamentos hidroxicloroquina e azitromicina para o estudo. Além disso, a empresa vai doar até R$ 1,3 milhão aos projetos de pesquisa.

A EMS divulgou que teve aprovado um terceiro protocolo de pesquisa envolvendo hidroxicloroquina. Diferentemente dos outros dois estudos validados, este será voltado a pacientes com quadro leve da doença.

Ele também será realizado dentro da Coalizão Covid-19 Brasil, mas o Hospital Samaritano Campinas não deve participar.

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