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Campinas

Operação da Polícia Federal prende integrantes de grupo criminoso

Grupo criminoso enviava da Europa para o Brasil comprimidos de Ecstasy, através de Viracopos

Por Milton Paes

13 de abril de 2021, às 17h42 • Última atualização em 13 de abril de 2021, às 17h43

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (13) a operação 1912, para apurar crimes de ocultação de bens e capitais obtidos com lucros provenientes de tráfico internacional de drogas, através de lavagem de dinheiro. O grupo criminoso enviava da Europa para o Brasil comprimidos de MDMA, popularmente conhecido como Ecstasy, através do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária nos municípios de Navegantes (SC) e Guarujá (SP). Duas mulheres foram presas. Um cidadão holandês está foragido.

Comprimidos eram mandados de países europeus para o Brasil – Foto: Polícia Federal / Divulgação

Os envolvidos responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Segundo o delegado chefe da Polícia Federal em Campinas, Edson Geraldo de Souza, as investigações começaram a partir da prisão de uma mulher no dia 16 de fevereiro de 2018, em razão da constatação, por parte da Alfândega do Aeroporto Internacional de Viracopos, do transporte de 474 comprimidos de MDMA ocultados em caixas de balas, oriundos da Alemanha, que tinham por destino o Guarujá, no litoral paulista.

Durante as investigações, a Polícia Federal identificou o envolvimento de mais duas pessoas – outra mulher e um homem holandês. O grupo enviou do exterior para o Brasil, através de Viracopos, dez remessas de drogas, totalizando 4.505 comprimidos.

Em razão da dificuldade da associação criminosa em superar a repressão no aeroporto em Campinas, as remessas migraram para outros aeroportos, como no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro.

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“A partir dessa investigação, nós identificamos um elemento europeu, que já foi inclusive condenado em 2012 pela justiça dos Países Baixos, pela remessa de drogas ilícitas para o Brasil, e mais duas brasileiras. Uma delas foi presa hoje no Guarujá pela delegacia de Santos, em razão do seu envolvimento com esse holandês na distribuição, e a outra mulher foi presa em Navegantes, sendo ela responsável não só pela distribuição de drogas no Brasil, mas também pela lavagem de capitais”, explicou.

O delegado disse ainda que a mulher presa em Santa Catarina é a mesma que foi detida em 2018 e que deu origem às investigações. Segundo ele, há diversos inquéritos na Polícia Federal em São Paulo, Santos, Campinas, Rio de Janeiro e no Sul do País para investigar esse núcleo.

O nome 1912 é uma referência ao ano em que o MDMA (metilenodioximetanfetamina) foi sintetizado pela primeira vez.

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