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Campinas

Mesmo com pandemia, Unicamp atinge 170 licenças vigentes em 2020

48 novos contratos de licenciamento para exploração de propriedade intelectual foram firmados entre a Inova Unicamp e empresas durante o ano passado

Por Milton Paes

07 de abril de 2021, às 14h33

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) encerrou 2020 com 48 novos contratos de licenciamento para exploração de propriedade intelectual assinados com empresas, atingindo a marca de 170 licenças vigentes.

O número é o maior registrado pela universidade em 20 anos, desde 2001 quando o levantamento começou. As informações estão no Relatório Anual 2020, que acaba de ser divulgado pela Agência de Inovação Inova Unicamp.

Os contratos de transferência e de licenciamento de tecnologia firmados, no ano passado, geraram ganhos econômicos de R$ 1,9 milhão, incluindo royalties. O valor é superior ao registrado em 2019, quando foram proporcionados R$ 1,6 milhão, e o segundo maior da série histórica, ficando abaixo apenas do ano de 2015.

Em termos de proteção da propriedade intelectual, a Unicamp também superou a série histórica recebendo a concessão de 106 novas patentes, sendo 101 delas no Brasil. O número representa um aumento de 42% em relação a 2018, segundo melhor ano em depósitos concedidos.

Ao longo de 2020, outras 64 patentes foram depositadas e mais 110 comunicações de invenções foram recebidas pela Agência de Inovação. Com isso, a Unicamp atingiu um portfólio de 1.212 patentes.

O diretor-executivo da Inova Unicamp, Newton Frateschi – Foto: Pedro Amatuzzi / Unicamp

O diretor-executivo da Inova Unicamp, Newton Frateschi, afirma que os resultados positivos demonstram a solidez dos pedidos da universidade junto ao processo de aceleração da análise e concessão que o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) tem implementado nos últimos anos.

“A Inova Unicamp é modelo não somente no Brasil, mas também se tornou referência em toda a América Latina, com alianças estratégicas de colaboração com os principais atores internacionais na área de inovação e empreendedorismo”, disse.

Newton Frateschi aponta que os impactos da pandemia da Covid-19 foram sentidos mais fortemente nos projetos de pesquisa em parceria com o setor empresarial. No total, 50 contratos foram assinados em 2020, número bem próximo dos 53 firmados em 2019. No entanto, os valores de investimentos anuais em pesquisa sofreram retração de mais da metade, passando de R$ 100 milhões para R$ 43 milhões no ano passado.

A queda se deu, principalmente, junto a empresas de Petróleo e Gás, área amplamente impactada pela crise sanitária. Novos canais de comunicação foram criados pela Inova para facilitar o contato de empresas interessadas em parcerias com a universidade para pesquisa e desenvolvimento (P&D), prestação de serviços, consultoria e licenciamento de tecnologias. O desafio agora é diversificar a captação de recursos.

Para minimizar os efeitos da pandemia, a Inova tem focado esforços na priorização de análises de Comunicações de Invenção vinculadas à Força Tarefa da Unicamp contra a Covid-19 e o tempo de espera foi reduzido pela metade. A comunidade acadêmica tem sido auxiliada em dúvidas técnicas sobre propriedade intelectual, fomentando o desenvolvimento de soluções para o enfrentamento da emergência de saúde pública.

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