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Operação Ouro Verde

Filho do dono do Grupo RAC presta depoimento em Campinas

Gustavo Khattar de Godoy é suspeito de participar de um esquema que desviou verbas públicas do Hospital Ouro Verde

Por Milton Paes

23 de abril de 2021, às 13h23 • Última atualização em 23 de abril de 2021, às 13h30

O médico e empresário Gustavo Khattar de Godoy, suspeito de participar de um esquema que desviou verbas públicas do Hospital Ouro Verde, será ouvido nesta sexta-feira pela Justiça de Campinas. A oitiva está marcada para começar às 13h.

O médico, filho do empresário Sylvino de Godoy, proprietário do Grupo RAC, era o responsável pelos exames de radiologia do Hospital Ouro Verde. De acordo com a investigação da Promotoria, ele assumiu o serviço de imagem do hospital, “quarteirizou” o trabalho e superfaturava os exames.

Segundo o MP (Ministério Público), quando Gustavo de Godoy era o responsável pelos exames de radiologia do Ouro Verde, uma mamografia, por exemplo, custava R$ 13,50. No entanto, a empresa recebia da Prefeitura de Campinas a quantia de R$ 25.

Segundo as investigações, a diferença era dividida entre Gustavo, que ficava com 50%, e diretores da Organização Social Vitale – responsável pela administração do Hospital Ouro Verde, que ficava com os outros 50%

Em 2018, o médico chegou a ser preso, mas depois foi solto. O pai dele, Sylvino de Godoy, também teve o mandado de prisão expedido, mas passou mal e foi hospitalizado. Ele escapou de ser preso após conseguir um habeas corpus.

A operação Ouro Verde foi deflagrada em 2017, tendo quatro fases. A primeira teve como denunciados Aparecida de Fátima Bertoncello, conhecida como “Tata”, Daniel Augusto Gonsales Câmara, Fernando Vítor Torres Nogueira Franco, conhecido como “Vitão”, Paulo Roberto Segatelli Câmara, conhecido como “PC”, Ronaldo Foloni e Ronaldo Pasquarelli, como os responsáveis formais e de fato pela Vitale.

Segundo Segundo o MP, o grupo agia visando lucro e com o objetivo de distribuir, entre si, o patrimônio recebido mediante o repasse de recursos públicos.

Em março de 2018, ocorreu a segunda fase da operação quando agentes públicos foram presos. Eles atuavam no Departamento de Prestação de Contas da Secretaria de Saúde de Campinas.

A terceira fase da operação ocorreu em novembro de 2018, quando foram presos o ex-secretário de Assuntos Jurídicos de Campinas, Silvio Bernardin, ex-diretores da Vitale, fornecedores e empresários.

Já a quarta fase teve como alvos a Prefeitura de Várzea Paulista.

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