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COVID-19

Fase vermelha começa a vigorar em Campinas; veja o que muda

Medida foi determinada nesta terça-feira pelo prefeito Dário Saadi por conta da situação de "quase colapso" na cidade

Por Milton Paes

03 de março de 2021, às 09h39 • Última atualização em 03 de março de 2021, às 09h41

Começou a vigorar nesta quarta-feira (3), em Campinas, a fase vermelha, a mais restritiva do Plano SP. Um decreto está publicado no Diário Oficial do município nesta quarta-feira.

A medida foi determinada nesta terça-feira (2) pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos) por conta da situação de “quase colapso” em razão do aumento de casos, internações e mortes pelo novo coronavírus (Covid-19) na metrópole.

A determinação é válida até o dia 16 de março. Até lá, apenas serviços essenciais podem funcionar. Uma nova avaliação sobre a situação dos casos de Covid será feita no dia 9 de março.

Medida foi anunciada durante coletiva nesta terça, em que a prefeitura apresentou dados que mostram a evolução da pandemia na cidade – Foto: Adriano Rosa / Prefeitura de Campinas

A partir de hoje, ficam fechados os comércios de rua e os shoppings. Bares e restaurantes podem funcionar por meio de delivery ou drive-thru. As aulas presenciais nas redes pública e privada estão suspensas. Aulas presenciais em faculdades também estão suspensas, com exceção dos cursos superiores da área de saúde. Academias e centros esportivos, assim como salões de beleza, cabeleireiros e similares, parques e espaços públicos estão fechados. Eventos públicos estão proibidos.

Os serviços considerados essenciais e que podem funcionar são: mercados, farmácias, padarias, açougues, postos de combustíveis, lavanderias, meios de transporte coletivo, transportadoras, oficinas de veículos, hotéis, pousadas e outros serviços de hotelaria e pet shops.

O comércio também pode funcionar com retirada e delivery, desde que as entregas das mercadorias sejam feitas sem que o consumidor saia do seu veículo.

As atividades religiosas, como são classificadas como essenciais, poderão ser realizadas, porém, com limitação de horário e público. O funcionamento dos templos e igreja terá que ser encerrado às 20h e a capacidade de até 30%.

Durante o anuncio da decisão sobre a implantação da fase vermelha, em transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta terça-feira (2), o prefeito Dário Saadi, disse que a tomada desta decisão não foi fácil.

“Vivemos um momento de quase colapso na saúde da cidade. Não é uma decisão fácil, mas o poder público tem que agir quando é preciso, mesmo quando essas decisões são amargas”, declarou o prefeito. “Entre a omissão de ver a rede em quase colapso e adotar medidas duras, optamos por agir. Estamos baseados, não só nos números da cidade, mas também baseados no que está acontecendo em outras metrópoles”, completou.

Preocupação

A Comissão de Shoppings Centers da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Campinas vê com grande preocupação o retorno da cidade para a fase vermelha. Lojistas dos centros de compras já atravessam momentos de grande dificuldade financeira, pela queda de movimento e vendas desde o início da pandemia da Covid, há um ano, com dificuldades em negociações de aluguel, e agora terão de fechar por mais 15 dias.

O presidente da Comissão, Gustavo Maggioni, lembra que um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), revela o tamanho da dificuldade dos lojistas.

As visitas mensais aos shoppings caíram de 502 milhões em 2019, para 341 milhões no ano passado. O dado abrange todo o país no período de janeiro a dezembro, e o tempo de permanência dentro dos centros de compras também foi reduzido, de 1h30 para uma média de 20 a 30 minutos. Por conta da queda de movimento, somente em Campinas mais de 100 lojas encerraram suas atividades no ano passado.

Gustavo Maggioni afirma que a reabertura dos shoppings não foi suficiente para evitar prejuízos. Outra dificuldade no momento está sendo a renegociação dos lojistas em relação ao valor do aluguel com taxas mais reais. “A maioria dos contratos está atrelada ao IGPM (Índice Geral de Preços Mercado), que disparou nos últimos doze meses e as administradores relutam em alterar o índice”, completa.

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