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ECONOMIA

Exportações têm queda de 14% em janeiro na região, aponta Ciesp Campinas

Dados divulgados pela entidade nesta terça-feira apontam também queda em importações

Por Milton Paes

23 de fevereiro de 2021, às 18h49 • Última atualização em 26 de fevereiro de 2021, às 14h46

O comércio exterior regional das empresas associadas ao Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) Campinas registrou uma queda de 14,3% em valor exportado no mês de janeiro de 2021 em comparação a janeiro do ano passado. Em janeiro deste ano foi de US$ 192,1 milhões. Em janeiro de 2020, havia sido de US$ 224,3 milhões.

As importações também registraram queda de 6,7% em janeiro entre os anos de 2021 e 2020. Este ano o volume importado foi de US$ 823,1 milhões. Em janeiro de 2020 foi de US$ 881,9 milhões. O saldo da balança comercial em janeiro de 2021 foi negativo em US$ 631 milhões.

O diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso, afirmou que as perspectivas para a balança comercial da região em 2021 não são boas, embora avalie que possa ocorrer um crescimento nas exportações no final desse ano, mas esse quadro também depende da evolução da economia mundial.

Apesar dos números preocupantes com relação às exportações, os números da sondagem industrial revelam um ligeiro aquecimento da economia. Eles revelam que 47% das empresas associadas ao Ciesp Campinas aumentaram o volume de produção no período de janeiro e fevereiro de 2021. Nesse mesmo período, o faturamento das associadas permaneceu estável para 35% e aumentou para 41%. Para 24% ocorreu queda no faturamento.

O vice-diretor do Ciesp Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, disse que a sondagem revela ainda que a maioria dos respondentes aponta a necessidade de crédito mais disponível e juros mais baixos para a retomada do crescimento industrial. Segundo a sondagem, 59% consideram como fundamental e obrigatório e 35% como importante.

Corrêa acrescentou que os indicadores mostram que a produção e vendas estão em patamares relativamente positivos, a inadimplência está inalterada e a utilização da capacidade instalada pode ser ampliada, uma vez que pela sua análise existe consumo represado.

Acompanhe a cobertura do LIBERAL sobre Campinas

“Verificamos que 64% das indústrias estão operando com até 70% da capacidade instalada, enquanto 36% estão operando na faixa de 70,1% até 100%”, disse.

Com relação à falta e aumento de matérias-primas, especificamente papel-papelão, chapas metálicas e resinas plásticas, apontadas pelo Ciesp Campinas, nas últimas três apresentações de pesquisas, a entidade avalia que esse quadro caminha para a normalidade, embora os custos tenham aumentado.

“Os custos dessas matérias-primas aumentaram para 82% das empresas nesse período de janeiro e fevereiro”, acrescentou Corrêa.

A pesquisa ainda apontou que 59% das indústrias tiveram também aumentos nos custos de energia, água e transporte.

A balança do comércio exterior e a sondagem industrial foram divulgadas nesta terça-feira (23) pela entidade.

O Ciesp Campinas conta com 494 empresas associadas, distribuídas em 19 municípios da região, entre eles, Sumaré e Hortolândia. O faturamento conjunto das empresas associadas é de R$ 41,52 bilhões ao ano. Conjuntamente, essas empresas empregam 98.894 colaboradores.

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