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MERCADO IMOBILIÁRIO

Estudo inédito aponta que 21% das áreas corporativas de Campinas estão desocupadas

Pesquisa divulgada nesta segunda-feira mostra panorama do mercado corporativo de imóveis na metrópole

Por Milton Paes

08 de fevereiro de 2021, às 18h43

Um estudo realizado pela WIT Real Estate em parceria com a SiiLa Brasil, uma das principais empresas de pesquisa imobiliária no País, indica que 21% das áreas destinadas a empreendimentos em Campinas estão desocupados.

Denominado Relatório do Mercado Corporativo Campinas e elaborado no ano passado, o estudo foi divulgado nesta segunda-feira (8) a um grupo de empresários da metrópole.

O relatório apresenta um panorama do mercado corporativo de imóveis na cidade e considera nove regiões com imóveis classificados nas classes A+, A e B no Alphaville, Anhanguera, Parque Tecnológico, Cambuí/Nova Campinas, Rodovia D. Pedro I, Norte Sul, Guanabara, Aeroporto e Centro.

As informações sobre os edifícios corporativos na cidade foram compiladas entre síndicos e administradoras dos empreendimentos em Campinas e envolveu 68 edifícios e um estoque de 523.520 m².

A metrópole Campinas – Foto: Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas

O levantamento considerou o preço médio do metro quadrado de locação pedido em cada região. Também avaliou o valor de taxas condominiais e de IPTU (imposto Predial e Territorial Urbano), fator que influencia diretamente na ocupação de salas e conjuntos.

Destinado a incorporadores e empresas que necessitam ocupar espaços corporativos na cidade, o estudo oferece, ainda, uma projeção de lançamentos para os próximos dois anos.

“Este levantamento mostra o panorama atual do mercado de edifícios corporativos no município”, afirma Carlos Felipe Corsini, executivo responsável pela WIT Real Estate.

“Quando acrescentamos ao estudo as projeções de lançamentos para os próximos dois anos, conseguimos avaliar quais serão os impactos desta ocupação para a cidade e para os empreendedores”, completa.

Carlos Corsini, executivo da WIT Real Estate – Foto:

O relatório toma por base o ano de 2013 que coincide, justamente, com o primeiro estudo de mercado corporativo realizado em Campinas, avaliando a evolução desde o primeiro relatório até o final do ano de 2020.

Na avaliação de Carlos Corsini, mesmo com a pandemia o relatório vai servir de incentivo para que empreendedores invistam nessas áreas.

“Eu acho que esse relatório traz dados que para qualquer novo empreendimento precisa ter informações para se fazer um planejamento adequado. Esse relatório tem essa riqueza de dados”, comenta.

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“O mercado imobiliário é de longo prazo, então qualquer planejamento que se faça hoje, esse prédio só vai ser entregue a dois, quatro ou cinco anos. Então, é importante ter a informação hoje para entender como está a dinâmica do mercado desses últimos tempos”, disse Corsini em entrevista ao LIBERAL.

Vacância x ocupação

Das nove regiões pesquisadas no município, apenas quatro tiveram uma taxa de vacância acima da média na cidade: Alphaville, Dom Pedro, Guanabara e Centro.

A análise destaca a região do Aeroporto de Viracopos como um exemplo de baixa vacância, especialmente com a entrega do novo empreendimento, E1 Viracopos, que foi 100% locado no terceiro trimestre de 2020 para uma única empresa.

Condomínio e IPTU

O Relatório do Mercado Corporativo Campinas mostra que a média de custo total de ocupação dos edifícios corporativos em Campinas é de R$ 64,68. Isso inclui o preço médio por metro quadrado pedido por região, levando em conta o valor do condomínio e do IPTU.

“Altas taxas condominiais e de IPTU vão influenciar diretamente nos índices de vacância no município”, observa Carlos Felipe Corsini.

Projeções

Para os próximos dois anos, as perspectivas para o mercado corporativo em Campinas, envolvendo especialmente os empreendimentos classes A+ e A, são animadoras, segundo o estudo realizado pela WIT Real Estate e SiiLa Brasil.

“Esse estudo apresenta o panorama de uma crise que se estende desde 2013 no mercado imobiliário corporativo. Contrário ao mercado imobiliário residencial você vê que o mercado corporativo acabou não tendo uma evolução por conta da pandemia, que afetou diretamente o uso desses espaços”, comenta Corsini.

“Eu acredito que se vislumbra, em algum momento, a recuperação do mercado corporativo passada a questão das vacinas e a questão dos escritórios voltarem a serem ocupados. Assim não tenho dúvidas que será um bom investimento nos próximos anos”, aponta.

Na região Dom Pedro, a maior metragem em entrega se concentra em um único edifício Classe A+ próximo ao Complexo Galleria.

Outro destaque no relatório é a região da Anhanguera, com o desenvolvimento de dois projetos classe A+, e com previsão de crescimento ainda maior nos próximos cinco anos.

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