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VISITA PRESIDENCIAL

Em cerimônia do Exército em Campinas, Bolsonaro promete novas trocas no governo

"Na semana que vem, teremos mais", disse presidente durante solenidade em Campinas e após pedir mudanças no comando da Petrobras, na sexta

Por João Colosalle

20 de fevereiro de 2021, às 11h41 • Última atualização em 20 de fevereiro de 2021, às 16h55

O presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores em solenidade do Exército em Campinas - Foto: Isac Nóbrega / Presidência da República

O presidente Jair Bolsonaro participou na manhã deste sábado (20) da cerimônia de formatura da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas.

A presença ocorreu um dia após o pedido de troca na presidência da Petrobras, posto para o qual Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna, medida que provocou repercussão no mercado e crítica de setores da economia. Para que o indicado de Bolsonaro assuma a estatal, é preciso que o nome seja aprovado pelo Conselho da Petrobras.

Em discurso no evento, ele fez referência à troca na estatal e prometeu novas mudanças.

“Eu tenho que governar, trocar as peças que porventura não estejam dando certo. E se a imprensa está preocupada com a troca de ontem, na semana que vem teremos mais. O que não falta para mim é coragem para decidir pensando no bem maior da nossa nação”, afirmou Bolsonaro em fala na solenidade.

O presidente também fez críticas à imprensa e afirmou que, se dependesse dele, o País viveria um outro regime, sem detalhar a que tipo de regime se referia.

“Alguns acham que eu posso fazer tudo. Se tudo tivesse que depender de mim, não seria esse o regime que nós estaríamos vivendo. E apesar de tudo, eu represento a democracia no Brasil”, afirmou.

“Nunca a imprensa teve um tratamento tão leal e cortês como o meu. Se é que alguns acham que não é dessa maneira é porque não estão acostumados a ouvir a verdade”, declarou.

O presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores em solenidade do Exército em Campinas – Foto: Isac Nóbrega / Presidência da República

Um relatório divulgado pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), em janeiro, aponta que 2020 foi o ano mais violento para jornalistas brasileiros desde quando a entidade passou a contabilizar as agressões aos profissionais, no início da década de 90.

Acompanhe a cobertura do LIBERAL sobre Campinas

No ano passado, foram registrados 428 casos de violência contra jornalistas. No ano anterior, 2019, foram 208 ocorrências. Bolsonaro, segundo o levantamento, é o principal agressor.

Solenidade

No evento do Exército, Bolsonaro foi acompanhado pelos ministros da Defesa, Fernando Azevedo, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, além do filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal. O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), também participou da cerimônia.

Apesar de o evento ser restrito a autoridades e familiares, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), houve a presença de apoiadores do presidente, que se aglomeraram nas imediações da EsPCEx. Também houve manifestações contra o STF (Supremo Tribunal Federal).

Na solenidade, o presidente foi até uma aluna e colocou em sua cabeça a boina azul que simboliza o início da formação militar de futuros oficiais do Exército. O evento formou 419 alunos – 382 mulheres e 37 mulheres. Sem máscara, ele também fez fotos com presentes à cerimônia.

A EsPCEx, em Campinas, também fez parte do início da carreira militar de Bolsonaro. O presidente ingressou na escola em 1973 e depois passou para Academia Militar das Agulhas Negras, onde se formou em 1977.

Bolsonaro desembarcou às 8h20 no Aeroporto de Viracopos, em voo vindo de Brasília. A expectativa é de que ele retorne para a capital federal até as 16h.

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