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COVID-19

Crescem casos de Covid em escolas com aulas presenciais em Campinas

Escolas têm afastado turmas onde há alunos ou professores com casos confirmados ou suspeitos; Vigilância monitora unidades

Por Milton Paes

16 de fevereiro de 2021, às 10h25 • Última atualização em 16 de fevereiro de 2021, às 10h26

Uma professora testou positivo para o novo coronavírus (Covid-19) na Escola Estadual Antônio Carlos Pacheco e Silva, no Parque São Jorge, em Campinas. Em função disso, os alunos da turma que teve contato com a docente foram afastados das aulas presenciais.

A Secretaria Estadual de Educação informou que não houve necessidade de afastar outras classes, que seguem tendo aula presencial, pois não tiveram contato com a professora.

Na Escola Estadual Deputado Eduardo Barnabé, no DIC 1, um estudante também está entre os contaminados. Foi o primeiro aluno da rede estadual de Campinas a testar positivo para a doença, após o retorno às aulas presenciais. A unidade foi também a primeira escola estadual da cidade com registro da Covid-19 entre funcionários.

A Escola Estadual Eliseu Narciso, localizada no DIC 3, também teve uma funcionária da área administrativa positivada com a doença. Outras escolas estaduais também apresentaram casos suspeitos, mas parte delas teve os casos descartados e uma ainda aguarda resultado de exames.

Rede particular

O Colégio Recanto Azul, em Campinas, confirmou, na sexta-feira (12), um caso positivo de Covid-19 em um aluno. Com isso, as aulas presenciais foram suspensas até o próximo dia 26 deste mês.

Na quinta feira (11), o Colégio Padre Júlio Chevalier confirmou que uma professora testou positivo para Covid-19. Segundo o colégio, ela não teve contato físico com alunos e outros professores.

O colégio recomendou que os funcionários e pais de alunos fiquem atentos a possíveis sintomas, mas as aulas não foram suspensas.

Acompanhe a cobertura do LIBERAL sobre Campinas

Até agora, sete escolas particulares de Campinas estão com casos confirmados de coronavírus. Algumas suspenderam as aulas presenciais, enquanto outras mantiveram. No dia 10 de fevereiro o LIBERAL mostrou que cinco escolas particulares registravam casos de contaminação.

Nesta segunda feira (15), o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas informou que monitora 30 escolas, sendo 23 da rede particular de ensino e 7 da rede estadual de ensino no município, que estão com casos suspeitos ou confirmados de Covid-19.

Ainda nesta segunda, a Prefeitura de Campinas publicou no Diário Oficial do Município o decreto que estabelece o retorno presencial de 50% dos alunos matriculados nas escolas públicas na rede municipal de ensino a partir do dia 1º de março.

Segundo o decreto, é autorizada a retomada nos CEIs (Centros de Educação Infantil), nas escolas de ensino fundamental, nos EJAs (Escolas de Educação de Jovens e Adultos) além das escolas de ensino integral, Fumec e no Ceprocamp Prefeito Antonio da Costa Santos.

Contrário

O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas (STMC) reforçou a posição de que é contra o retorno das aulas presenciais nas escolas antes que todos os servidores da educação sejam vacinados contra a Covid-19.

Desde o ano passado, o STMC se posiciona contrário ao retorno durante a pandemia sem garantia de que seja seguro para trabalhadores, alunos, famílias e comunidade escolar.

O sindicato tem vários procedimentos abertos no Ministério Público do Trabalho (MPT) da 15º Região, com sede em Campinas, denunciando a falta de EPIs, falta de estrutura de escolas e o risco de contágio sem a vacinação.

Segundo o STMC, o próprio secretário de Educação, José Tadeu Jorge, em recentes reuniões com diretores do sindicato afirmou que é favorável à vacinação dos servidores. Mas lembrou que a secretaria depende do planejamento da área de Saúde, que segue o Plano Nacional de Imunização (PNI).

O sindicato quer que a Prefeitura de Campinas encabece uma luta política para defender a inclusão dos trabalhadores da Educação no grupo prioritário da vacinação.

O coordenador-geral do sindicato, Tadeu Cohen Paranatinga, afirma que a posição do STMC é de contrariedade ao retorno porque a doença é fatal e não há condições de uma retomada presencial das aulas sem a vacinação dos trabalhadores.

“A preocupação do sindicato é dos professores voltarem sem vacina. Se fosse uma escola ou duas escolas, era mais fácil de controlar. Mas vai ser uma estrutura muito grande. Nós estamos defendendo que vacine os professores. Os professores e alunos estarão misturados e isso aumenta o risco de contágio do novo coronavírus”, alerta.

Tadeu afirma que o mais prudente é esperar e imunizar os trabalhadores antes do retorno às aulas presenciais. “É melhor esperar mais um pouco para  voltar às aulas com muita segurança. Eu perdi minha mãe. Perdi meu cunhado. Eu mesmo passei por isso. Mais de 240 mil brasileiros já morreram. É uma doença cruel e terrível”, diz.

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