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COVID-19

Campinas terá fase vermelha entre 21h e 5h, anuncia Dário

Medida foi anunciada nesta segunda-feira e começa a valer a partir desta terça na cidade, que enfrenta lotação dos leitos de UTI Covid

Por Milton Paes

22 de fevereiro de 2021, às 15h49 • Última atualização em 22 de fevereiro de 2021, às 15h59

Medida foi anunciada pela Prefeitura de Campinas na tarde desta segunda feira (22), em transmissão pelas redes sociais - Foto: Carlos Bassan / Prefeitura de Campinas

A partir desta terça-feira (23) até o dia 1º de março, Campinas volta à fase vermelha das 21h às 5h. A medida foi anunciada pela Prefeitura de Campinas na tarde desta segunda feira (22), em transmissão pelas redes sociais e ocorre em meio ao aumento no número de pessoas internadas em UTI Covid, que atingiu praticamente 100% dos leitos na rede pública.

O decreto será publicado nesta terça feira (23) no diário oficial do município.

Os bares da cidade deverão fechar às 20h e os restaurantes, às 21h. Apenas os serviços essenciais vão funcionar no período. Nos dois casos, além do horário permitido, os estabelecimentos poderão trabalhar apenas no sistema delivery e retirada, sem consumo local.

Nesse período, a Guarda Municipal vai ampliar a fiscalização em áreas de aglomeração e dispersar as pessoas.

Durante este horário, apenas serviços essenciais estão autorizados a funcionar: farmácias, mercados, padarias, açougues, postos de combustíveis, lavanderias, meios de transporte coletivo; transportadoras, oficinas de veículos, hotéis, pousadas e outros serviços de hotelaria e pet shops.

No anúncio, o prefeito Dário Saadi (Republicanos) explicou que a decisão foi tomada a partir de dados epidemiológicos apresentados pela Secretaria de Saúde.

“Como médico, eu penso primeiro na preservação da vida. Os dados que a Vigilância demonstrou exigem uma postura mais firme no combate à pandemia”, disse.

O funcionamento dos shoppings também deve se encerrar às 21h. O mesmo vale para serviços como academias, clubes, parques públicos, salões de beleza e similares e atividades presenciais em instituições de ensino.

Embora considerado um serviço essencial, as igrejas também terão que encerrar suas atividades às 21h.

“Neste momento, não permitiremos mais as duas horas extras de tolerância para os bares e restaurantes, que terão que encerrar suas atividades presenciais às 20h e às 21h, respectivamente. Depois deste horário, só serão permitidos delivery e retirada”, disse o secretário de Justiça, Peter Panutto.

Para a diretora da Vigilância em Saúde, Andrea von Zuben, o apoio da população é essencial.

Acompanhe a cobertura do LIBERAL sobre Campinas

“Além da abertura dos leitos, estamos atuando para conter a pandemia e vamos ampliar a fiscalização de aglomerações. Contamos com a população não só para denunciar as festas clandestinas, mas também nos cuidados individuais para diminuirmos a taxa de transmissão na cidade”, explicou.

Os cuidados, ainda segundo a diretora, são os mesmos, independentemente do tipo de variante que circula na cidade. “Os cuidados não mudam. Evitar aglomerações, fazer a higienização das mãos e usar máscara são essenciais para a prevenção da doença”, completou.

Fase amarela

Das 5h01 às 20h59, permanece em vigor na cidade a fase amarela. Esta fase permite 40% de ocupação em academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, concessionárias, escritórios, e parques públicos, com expediente até 10 horas diárias para restaurantes e 12h para as demais. O horário de funcionamento não poderá exceder às 20h para bares e 21h para os demais serviços.

Eventos que geram aglomeração, como festas e shows, continuam proibidos.

Mais leitos

O secretário de Saúde de Campinas, Lair Zambon, anunciou nesta segunda-feira (22) que a prefeitura vai contratar mais 14 leitos de UTI na rede particular para atender a pacientes com Covid-19.

Serão quatro contratados na Casa de Saúde, três no Hospital Samaritano e sete na Santa Casa.

Esses leitos serão contratados com verba destinada pelo Governo do Estado no valor de R$ 1,6 mil e contrapartida da Prefeitura de Campinas de R$ 800 totalizando R$ 2,4 mil por leito.

Com isso, a diária dos 14 leitos contratados na rede particular vai custar R$ 33,6 mil, sendo R$ 22,4 mil repassados pelo Estado e R$ 11,2 mil pela Prefeitura de Campinas.

Conforme o LIBERAL havia antecipado, o Hospital das Clínicas (HC) da Unicamp vai ampliar em mais 10 leitos UTI Covid. Campinas terá mais 24 leitos de UTI Covid chegando a 151 leitos de UTI Covid no total na rede pública.

Balanço

A Secretaria Municipal de Saúde informou que a cidade registrou mais 497 casos de Covid, totalizando 67.635 pessoas contaminadas. Também foram registrados oito óbitos e a cidade agora soma 1.809 mortes por Covid-19.

Entre os óbitos estão seis homens e duas mulheres. Todos tinham doenças pré-existentes e mais de 60 anos. Os óbitos ocorreram entre 9 e 20 de fevereiro.

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