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Covid-19

AME Campinas suspende internações de Covid-19 por falta de medicamento para intubação

Decisão foi tomada por conta do estoque racionado de medicamentos para intubação de pacientes com a doença; pacientes já internados não ficarão sem os fármacos

Por Milton Paes

13 de abril de 2021, às 18h56 • Última atualização em 13 de abril de 2021, às 19h03

O AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Campinas, que está sendo usado pelo governo estadual para atendimento de pacientes com o novo coronavírus (Covid-19), suspendeu novas internações por conta do estoque racionado de medicamentos para intubação de pacientes com a doença.

A unidade registra ocupação de 60% em leitos de enfermaria e de 68% em UTI. O AME possui medicamentos para intubação dos pacientes que já estão assistidos na unidade, no momento. A utilização desses remédios varia conforme perfil do paciente e indicação médica.

A Secretaria de Estado da Saúde informou que busca medidas para abastecer a rede e disponibilizou aos hospitais estaduais e municipais a possibilidade de adesão para compra internacional de medicamentos para intubação.

A Secretaria também tem cobrado o governo federal, por meio de ofícios e reuniões. No entanto, a última entrega foi liberada no final de março, totalizando 215.313 ampolas de neurobloqueadores e anestésicos, o que corresponde a apenas 6% do que é preciso para atender à demanda mensal da rede pública de Saúde no Estado, que é de 3,5 milhões de ampolas.

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A quantidade fornecida segue aquém até mesmo do que o próprio Ministério da Saúde havia sinalizado, que era a entrega de 258.874 ampolas.

A Secretaria sugeriu ao ministério a realização de acordos com farmacêuticas, aquisição estratégica internacional, monitoramento diário da demanda e pleiteou também a ampliação da disponibilidade de compra por ata federal, até então restrita a 60 dias de consumo, uma vez que, ainda na primeira quinzena de março, o saldo proporcional do Estado se esgotou.

A pasta reitera a importância de providências para que o SUS consiga manter a assistência à população. Novas internações no AME só serão liberadas quando novos kits forem enviados, o que ainda não tem prazo para acontecer.

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