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35 anos

Zoo chega aos 35 anos como referência em preservação e reprodução

Na lista dos quatro mais importantes do interior do Estado, Parque Ecológico de Americana recebe 350 mil visitantes por ano

Por Valéria Barreira

12 de outubro de 2019, às 07h42 • Última atualização em 12 de outubro de 2019, às 07h43

Foto: Marcelo Rocha - O Liberal
Tudo no parque foi planejado e vem sendo mantido ao longo dos anos para garantir que essas espécies continuem a fazer parte da fauna

Preservação, reprodução e educação ambiental. O Parque Ecológico “Engenheiro Cid Almeida Franco” completa 35 anos, neste sábado, 12 de outubro, sem perder o foco no tripé que o sustenta desde o início.

Os seus 120 mil metros quadrados de área vão além de um lugar bonito visitado por 350 mil pessoas anualmente. Representam a casa que dá abrigo a 109 espécies – 16 ameaçadas de extinção – no total de 450 animais.

Tudo no parque foi planejado e vem sendo mantido ao longo dos anos para garantir que essas espécies continuem a fazer parte da fauna, muitas vezes, ameaçada no seu habitat natural.

“O parque já nasceu com essa missão. Trabalhar na reprodução e preservação dos animais, além da conscientização ambiental. Esse tripé norteia o trabalho dos técnicos e foi uma preocupação desde o início. Graças a isso, o parque é considerado um dos quatro melhores do interior do Estado”, ressalta o engenheiro agrônomo João Carlos Tancredi, diretor que é funcionário do local desde a inauguração.

Os cuidados com os animais se traduzem em números. Das 16 espécies em extinção mantidas pelo parque, metade já se reproduziu no local (veja abaixo). E os bons resultados fazem do zoo, historicamente, uma referência na reprodução de algumas das espécies ameaçadas na natureza.

O parque já foi, por exemplo, um centro reprodutivo do mico-leão-dourado. O trabalho, em parceria com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), resultou na construção de um local específico para assegurar o sucesso na reprodução da espécie.

O cachorro-vinagre é outro exemplo. Ele é o canídeo mais ameaçado na natureza e apenas três casais no Brasil são considerados aptos para reprodução em cativeiro. Um deles está no Parque Ecológico de Americana.

“Essa espécie é altamente ameaçada, mas reproduzimos muito aqui. Enviamos filhotes para Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Bauru”, exemplifica Tancredi.

Outro mamífero também faz do parque um lugar especial. O zoológico é o que mais reproduz o macaco-prego-do-peito-amarelo, em cativeiro, no Brasil. Atualmente, o parque mantém 14 exemplares dessa espécie, entre fêmeas e machos.

O número expressivo de filhotes que nasceram nos últimos anos fez com que o zoo se tornasse o responsável pelo manejo da espécie no País. “A responsabilidade de gerenciar uma espécie cabe a quem faz um bom trabalho. No caso do macaco-prego-do-peito-amarelo, a sede é o zoológico de Americana. Tudo que diz respeito ao seu plano de manejo passa antes por aqui”, explica o diretor.

Espécies ameaçadas

Nos 120 mil metros quadrados de área estão 94 recintos, garantindo a preservação de bichos quase extintos:

Animais ameaçados que procriam no parque

Exemplos de espécies com reprodução em cativeiro no zoológico local:

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