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Quarentena

Vigilância aplicou apenas uma multa por descumprimento da quarentena em Americana

Prefeitura informou que órgão realizou “mais de 100 atendimentos” desde março para checar as denúncias

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23 de junho de 2020, às 07h59 • Última atualização em 23 de junho de 2020, às 14h54

Somente uma multa foi aplicada pela Uvisa (Unidade de Vigilância Sanitária) de Americana por descumprimento ao decreto de quarentena vigente para combater a proliferação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Após questionamento do LIBERAL nesta segunda-feira, a prefeitura informou que a vigilância sanitária realizou desde março “mais de 100 atendimentos”.

O objetivo era checar denúncias sobre o funcionamento de comércios não essenciais ou não contemplados na fase 2 do “Plano São Paulo” para retomada econômica.

Praça no Jaguari é ponto de encontro de crianças e jovens sem máscaras – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Segundo a administração do prefeito Omar Najar (MDB), apenas um estabelecimento foi multado e teve a interdição de seus produtos. Não foi informado o valor da multa nem o segmento do comércio citado.

“As denúncias são acolhidas no SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) e os fiscais da vigilância vão até os locais e realizam as devidas orientações aos responsáveis”, disse a prefeitura em nota.

A fiscalização também é realizada pela Gama (Guarda Municipal de Americana). Entre quarta e quinta-feira, por exemplo, sete comércios tiveram de encerrar as atividades porque estavam em desacordo com a regulamentação. Um deles acabou lacrado.

O comandante da Gama, Marcos Guilherme, esclarece que o ato de lacrar ou aplicar multa depende da Uvisa. Na ocasião, um agente do setor acompanhou a fiscalização e optou pela medida.

“Nós interrompemos a atividade momentaneamente, encaminhamos para a Uvisa e a ela que toma as medidas administrativas”, disse.

Para denunciar irregularidades ou aglomerações, o morador deve contatar a Gama (3461-8342), Uvisa (3475-3590) ou mesmo o SAC da prefeitura pelo site www.americana.sp.gov.br ou no 3475-9000.

Aglomerações
Além dos estabelecimentos comerciais, a Gama é responsável pela fiscalização de aglomerações de pessoas em espaços e vias públicas.

Nesta segunda-feira, o LIBERAL recebeu uma série de reclamações referente ao final de semana. Uma delas era sobre a concentração de ciclistas na frente do Bike Hotel Sports, no Parque Universitário, no domingo.

Proprietário do espaço, Fábio Guidolin diz que tem CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) para funcionar como lanchonete, e que por isso está realizando delivery e oferece a opção de retirada no local. Ele nega que haja consumo interno.

“Este final de semana teve uma grande quantidade [de pessoas] e a gente começou a pedir para que eles usem máscara. O pessoal realmente se encontra aqui na frente. Eu fiquei esse final de semana todo aqui no portão orientando o pessoal para não aglomerar”, afirmou Fábio.

O empresário argumenta que seu comércio já era “ponto de encontro” dos ciclistas antes da pandemia. A Gama esteve no local e não houve nenhuma notificação para a loja.

“Os grupos vêm até o Bike Hotel, então o tempo todo tem grupo chegando das outras cidades. Não quer dizer que eles ficam concentrados na frente muito tempo. Foi isso que eu expliquei para a vigilância. Chegam aqui, dão uma paradinha, descansam, tomam água e seguem caminho”, comentou.

Já no bairro Jaguari, crianças e adolescentes se concentram diariamente numa praça da Rua Tom Jobim para empinar pipar. De acordo com uma moradora, que pediu para não ser identificada, não há uso de máscaras.

“Eles não ficam só na praça. Também se aglomeram nas calçadas dos vizinhos. Já ligamos na guarda, mas ninguém veio”, comentou.

Questionada, a prefeitura disse que a Gama que vai intensificar a fiscalização nos locais mencionados.

“A Guarda Municipal utiliza drone e viaturas que, equipadas com áudios de orientação quanto à pandemia do coronavírus, circulam pelos bairros e, principalmente, nas áreas de concentração de estabelecimentos comerciais”, informou em nota.

Podcast Além da Capa
O mais festejado dos cinco títulos mundiais da seleção brasileira? A resposta é subjetiva, mas a conquista da Copa do Mundo de 1970, no México, completa 50 anos sem ter ameaçado seu lugar no Olimpo do futebol. O ambiente de Americana naqueles dias de junho pauta essa edição do Além da Capa. O editor Bruno Moreira conversa com o repórter Rodrigo Alonso, além de contar com a contribuição de convidados.

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