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Americana

Vereadores vão se reunir para decidir se investigam faltas de Meche

Meche ficou sem aparecer nas sessões por três meses, mas recebeu normalmente seu salário de R$ 10,3 mil mensais

Por George Aravanis

22 de novembro de 2019, às 09h33 • Última atualização em 22 de novembro de 2019, às 20h24

Vereadores de Americana vão se reunir para definir se as faltas do tucano Marschelo Meche (PSDB) serão investigadas pelo Conselho de Ética da Casa. Presidente do Legislativo, Luiz da Rodaben (PP) disse nesta que “acredita piamente” que um documento formal com pedido de apuração vai sair deste encontro, que provavelmente será realizado na terça-feira.

Segundo Rodaben, “ninguém está confortável” com as ausências consecutivas. “Se qualquer documento chegar até a mesa, será encaminhado ao Conselho de Ética.”

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal_3.10.2019
Cada falta de Meche custa R$ 1,5 mil ao Legislativo

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Flagrado com cocaína em um motel de Santa Bárbara d’Oeste em 2 de junho, Meche ficou sem aparecer nas sessões até o dia 19 de setembro, mas recebeu seu salário de R$ 10,3 mil mensais normalmente neste período. Mandava só um atestado no dia da sessão, e, por isso, não tinha o valor descontado. Foi a três sessões, admitiu sua dependência química e voltou a faltar – continua recebendo o salário.

Toda quinta a câmara recebe um atestado de Meche. Cada falta custa R$ 1,5 mil, valor pago ao suplente que o substitui. O parlamentar poderia, por exemplo, pedir licença não remunerada.

O incômodo tem aumentado nas últimas sessões. Juninho Dias (MDB) falou do assunto no plenário e Thiago Martins (PV) chegou a distribuir um documento que mostra que as faltas de Meche já custaram R$ 37,7 mil com o pagamento de suplentes. De janeiro de 2017 a setembro deste ano, Meche tinha faltado a 40 sessões, segundo levantamento do Legislativo – é o líder disparado.

Nem os colegas de partido perdoam. “Pelo menos para mim tá muito estranho que seja só de quinta feira”, afirma Thiago Brochi (PSDB). O pai do vereador, Álvaro Meche, disse ao LIBERAL na terça-feira que o filho está em tratamento diário em São Paulo e também em Americana.

Ouça o “Além da Capa”, um podcast do LIBERAL

O LIBERAL telefonou e mandou mensagens de WhatsApp para o parlamentar nos últimos dias, mas não conseguiu falar com Meche. A assessoria do vereador diz que não mantém contato com ele desde a semana passada.

Segundo a assessoria, o parlamentar “passa” na câmara às vezes, para assinar um documento ou pegar um assessor para ir a algum lugar tirar uma foto de um problema relatado por algum cidadão, por exemplo.

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