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Americana

Vendedor que matou o pai em Americana é liberado

Juiz avaliou, neste domingo, que Ivo de Oliveira Ambrósio não oferece risco à sociedade; vendedor alegou que, na ocasião, tentava defender sua mãe

Por Rodrigo Alonso

04 de agosto de 2019, às 16h06 • Última atualização em 05 de agosto de 2019, às 18h11

O vendedor Ivo de Oliveira Ambrósio, preso por ter matado o próprio pai nesta sexta-feira, em Americana, teve liberação decretada pela Justiça neste domingo, em audiência de custódia. O juiz Marcos Cosme Porto justificou que o acusado, de 28 anos, não oferece risco para a sociedade.

Segundo o boletim de ocorrência, Ivo esfaqueou repetidas vezes seu pai, o policial militar aposentado Paulo Sérgio Ambrósio, de 53 anos. A ocorrência aconteceu na Vila Santa Inês.

Foto: Reprodução - Facebook
Defesa alega legítima defesa no assassinato do ex-PM Paulo Sérgio Ambrósio

Osmar Santa Maria, advogado do vendedor, alega que o cliente agiu em legítima defesa. O jurista também sustenta que o ex-PM tinha problemas psiquiátricos e agredia sua mulher e o filho há 15 anos.

Em depoimento à Polícia Civil, Ivo admitiu o homicídio e contou que, na ocasião, tentava defender sua mãe.

Conforme a Justiça cita no alvará de soltura, o vendedor conta com o apoio da avó paterna, que teria reforçado a falta de discernimento de Paulo Sérgio. O juiz, diante dos fatos, concedeu liberdade provisória para Ivo, que ficou preso na Cadeia Pública de Sumaré.

“De acordo com a lei, só há motivos para prisão preventiva se a pessoa representar perigo para a sociedade, para a ordem pública, para a ordem econômica ou se for atrapalhar as investigações. No caso dele, expliquei ao juiz que nenhuma dessas hipóteses estão presentes”, afirmou Osmar.

SEQUÊNCIA. O caso segue sob investigação da Polícia Civil e, com base numa eventual denúncia da Procuradoria, deve originar um processo criminal. A defesa tentará impedir que Ivo seja julgado por homicídio doloso, porque acusados por esse crime vão ao Tribunal do Júri.

“É algo temido por todo réu, porque, se vai para o Tribunal do Júri, o negócio complica. É difícil de o réu sair dali inocentado”, comentou o advogado, que alegou ausência de dolo.

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