Um campo na Cidade Jardim, de propriedade da Prefeitura de Americana, foi palco de uma partida de futebol que teve grande presença de público e até transmissão em tempo real por meio de uma live no Facebook na noite da última quarta-feira.

A disputa valia R$ 500 para o time vencedor e foi organizada por moradores do Jardim dos Lírios e bairros próximos.

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Na semana anterior um outro duelo havia sido disputado no local, mas com um prêmio menor: R$ 300 para os atletas que se sagrassem vencedores ao final de dois tempos, segundo um dos organizadores.

O campo, que fica na Praça Oscar Ignácio de Souza, possui cercas para impedir a entrada de frequentadores e tem ficado trancado por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), já que as aglomerações estão proibidas para evitar o contágio.

Apesar disso, os atletas deram um jeito de entrar por meio de um “furo” na cerca. Enquanto a bola rolava, todos os movimentos eram registrados e transmitidos em tempo real através de uma página no Facebook. Até o fim da tarde desta quinta a publicação havia superado as 2 mil visualizações.

O LIBERAL esteve no local na tarde de ontem e conversou com organizadores e participantes. Eles, que preferiram não ser identificados, disseram que a ideia era realizar um evento somente para as duas equipes e que não havia a intenção de aglomerar, mas que, conforme os minutos do jogo foram avançando, curiosos se juntaram para acompanhar.

A reportagem questionou a Prefeitura de Americana sobre o evento realizado em um patrimônio municipal. A resposta foi que a Gama (Guarda Municipal de Americana) foi acionada e seis viaturas foram até o local quando o jogo já havia terminado, orientando as pessoas e acabando com a aglomeração.

Testemunhas que estavam na praça durante o jogo, no entanto, afirmam que, desde o primeiro tempo da disputa, uma viatura da corporação já circulava pelo local e que não houve abordagem.

Eles argumentam que somente depois que o grupo de pessoas já tinha sido dispersado foi que os agentes resolveram parar para orientar.

A administração afirma que, em um primeiro momento, os patrulheiros foram ao local para verificar o que estava acontecendo e mensurar a quantidade de pessoas, em seguida, pediram reforços de mais viaturas da Gama e da Polícia Militar e voltaram.