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Justiça de Americana

Traficantes do Jardim Bertoni pegam mais de 20 anos de prisão

Quadrilha buscava a droga no exterior e a enterrava em área de mata em Americana

Por Leonardo Oliveira

18 de fevereiro de 2021, às 07h37 • Última atualização em 18 de fevereiro de 2021, às 11h19

A Justiça de Americana condenou, na última semana, três moradores da cidade acusados de atuar no tráfico de drogas a penas que variam de 23 a 29 anos de prisão. Eles foram presos no ano passado em operação da Dise (Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes). Ainda cabe recurso no caso.

Dois dos condenados moravam no Jardim Bertoni – um deles, de 47 anos, foi apontado em um relatório da Polícia Civil como o líder da quadrilha, membro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e atuante no tráfico internacional de drogas e também na venda de armas e explosivos.

Desdobramento da operação localizou drogas em julho do ano passado – Foto: Dise / Divulgação

O modo de agir da quadrilha era buscar drogas em países que fazem fronteira com o Brasil, no Mato Grosso do Sul ou outras cidades de São Paulo. Para o armazenamento, os entorpecentes eram guardados em tambores e enterrados em uma mata do Jardim Bertoni.

Lá, os investigadores encontraram cerca de 1,2 kg de cocaína no dia 18 de junho de 2020. No mesmo dia, o suposto líder do grupo criminoso foi detido em sua residência – a Dise investigava o caso há anos e conseguiu um mandado de busca e apreensão para o endereço. Como foram encontradas drogas na residência, ele foi preso em flagrante por tráfico.

No mesmo dia, a polícia cumpriu um mandado na casa de um homem de 27 anos, também do Bertoni, apontado como o responsável por armazenar parte da droga e vendê-la.

Em sua residência foram localizados entorpecentes e uma espingarda, por isso foi preso. Ao ter acesso às conversas do WhatsApp dos celulares dos dois acusados, a Dise conseguiu identificar a participação de cada um deles na quadrilha e chegar a um terceiro suspeito.

O indivíduo, de 30 anos, morador do Jardim Mirandola, foi preso em julho do ano passado em um desdobramento da operação deflagrada pela Dise no mês anterior – ele foi acusado de atuar no transporte do entorpecente que chegava do exterior.

Nesse dia, a polícia localizou 4,3 kg de maconha e 2 kg de cocaína em tambores enterrados na mata do Bertoni. Os três acabaram denunciados pelo MP (Ministério Público) por tráfico de drogas e também associação para o tráfico.

Em sentença do último dia 9, o juiz Eugênio Augusto Clemente Junior condenou o líder da quadrilha a 29 anos e seis meses de prisão, o outro acusado, de 27 anos, a 27 anos e sete meses, enquanto que indivíduo de 30 anos pegou 23 anos de detenção.

A condenação foi em primeira instância, por isso ainda cabe recurso. Todos os réus negaram os crimes na fase processual. A defesa do trio informou ao LIBERAL que vai recorrer da sentença.

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