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Americana

Terreno da antiga cadeia é utilizado como estacionamento

Imóvel é alvo de um processo judicial que corre na 3ª Vara Cível de Americana, após ter sido leiloado na gestão do ex-prefeito Diego De Nadai

Por Valéria Barreira

16 de julho de 2019, às 09h29

A área da antiga cadeia, na Avenida Brasil, está sendo usada como estacionamento particular de veículos há cerca de dois meses. É a primeira destinação dada ao espaço desde que o prédio foi demolido.

O imóvel é alvo de um processo judicial que corre na 3ª Vara Cível de Americana, após ter sido leiloado na gestão do ex-prefeito Diego De Nadai junto com outras áreas públicas.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Área serve como estacionamento às margens da Avenida Brasil

Para o estacionamento, a área foi cercada, ganhou portões e um container, onde fica o responsável pelo controle de entrada e saída de veículos.

O local ainda contém vestígios da antiga cadeia, como as ruínas das paredes parcialmente destruídas e parte do piso. No panfleto usado para divulgar o estacionamento, consta a tabela de preços para carros, moto e caminhão com valores avulsos (por hora) ou planos mensais.

O LIBERAL tentou contato com a pessoa indicada como responsável pela exploração comercial do imóvel, mas não obteve retorno.

A Construtora Teto S/A, que arrematou a área no leilão, também foi procurada para informações sobre a destinação do espaço, mas não respondeu ao pedido.

Em outubro de 2017, a prefeitura tentou reaver o imóvel alegando que o local encontrava-se em área de “grande” circulação e apresentava sinais de “completo” abandono, sem utilidade alguma.

A administração argumentou que a concessão possibilitaria a manutenção e o uso do imóvel até o julgamento definitivo do caso, mas o promotor Sergio Claro Buonamici negou o pedido.

Justiça

O processo envolvendo as áreas leiloadas pela prefeitura, entre elas o imóvel que abrigou a antiga cadeia, teve início após ação movida pelo Ministério Público em junho de 2016.

Segundo o órgão, os arrematadores eram credores do município e compravam os imóveis pelo valor de avaliação, algo não “usual”.

A administração, por sua vez, efetuava o pagamento das dívidas com as quantias oriundas da venda, sem prévia lei. Diego De Nadai garante, no entanto, que todos os leilões se basearam em lei aprovada pela câmara, na lei de licitações e em pareceres técnicos.

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