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Economia

Termômetro de produção, importação em Americana apresenta queda de 27%

Disparada no preço do dólar, seguida da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), foi responsável, segundo especialista

Por George Aravanis

01 de agosto de 2020, às 08h03

As importações feitas por Americana tiveram queda de 27,4% no primeiro semestre do ano, segundo dados do governo federal.

O balanço aponta que, de janeiro a junho de 2020, o volume de bens comprados no exterior que chegaram à cidade somou US$ 133,4 milhões, ante US$ 183,8 milhões no mesmo período de 2019. A alta do dólar, seguida da pandemia do novo coronavírus, são as explicações para a redução, segundo especialista.

A queda observada em Americana foi a maior redução em valores importados da RPT – Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal

Para Cândido Ferreira da Silva Filho, professor de Economia da PUC-Campinas, indústrias da região, como do setor automobilístico, tradicionalmente importam muitos componentes e, quando isso acontece, significa que a economia está aquecida.

Por isso, a queda no volume importado é mais um dos fatores que apontam a estagnação econômica do atual cenário, sufocado pela pandemia que atingiu o mundo.

A queda observada em Americana foi a maior redução em valores importados da RPT (Região do Polo Têxtil). Com exceção de Sumaré, que comprou 2% a mais de fora do País (US$ 430,7 milhões), toda a região importou menos.

Hortolândia comprou do exterior US$ 355,1 milhões, valor 19,9% menor que o registrado no primeiro semestre do ano passado. Nova Odessa, cujas compras de outros países somaram US$ 34,6 milhões, experimentou queda de 23,9%. Santa Bárbara d’Oeste importou US$ 55,5 milhões, 6% a menos que o verificado de janeiro a junho de 2019.

O déficit na balança comercial (importações menos exportações) foi de US$ 720 milhões na RPT no primeiro semestre. Em Americana, ficou em US$ 59,3 milhões.

Como a região é tradicionalmente importadora, o balanço sempre será deficitário, afirma Candido. “Isso não é ruim”, aponta o professor de economia da PUC. O problema é justamente a queda observa nas compras de fora, sinal de que não há demanda para produção.

A exportação também registrou queda. Em Americana, o índice foi de 15,5%. A cidade vendeu para o exterior US$ 74,06 milhões, ante US$ 87,7 milhões de janeiro a junho de 2019.

Em Hortolândia, que exportou US$ 29,1 milhões, a redução foi de 1,61%. Nova Odessa, que enviou para outros países produtos que somavam US$ 28 milhões, teve queda de 39,8%.

Santa Bárbara d’Oeste (US$ 27,7 milhões exportados, decréscimo de 48,3%) e Sumaré (US$ 130 milhões, uma redução de 46,6%) também viram as vendas caírem.

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