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Americana

Terceiro suspeito da morte de Marcos Stival vai a júri popular

Rogério Rodrigues Ramalho é apontado como autor do assassinato, que aconteceu em maio de 2017

Por André Rossi

21 de novembro de 2019, às 18h08 • Última atualização em 22 de novembro de 2019, às 09h28

Foto: Arquivo pessoal
Marcos Antonio Stival Junior, de 25 anos, foi morto baleado em maio de 2017, no bairro Jardim Boer, depois de um suposto assalto

O Tribunal do Júri de Americana agendou para o dia 4 de fevereiro de 2020, às 9 horas, o julgamento de Rogério Rodrigues Ramalho, 41, acusado pela morte do comerciante Marcos Antonio Stival Júnior, de 25 anos, ocorrida em maio de 2017. O homem é o terceiro suspeito de participação no crime que irá a júri popular.

No dia 15 de maio deste ano, Rogério Henrique da Silva, apontando como mandante do crime, recebeu pena de 20 anos de prisão. Já Valdir Ferreira da Silva, que participou do roubo simulado para “mascarar” o homicídio, foi condenado a sete anos. Ambos cumprem a pena em regime inicial fechado.

Ramalho é apontado como executor do assassinato e seria julgado junto com os outros dois condenados. Entretanto, ele recorreu da sentença de pronúncia e conseguiu adiar o julgamento.

De acordo com o advogado Paulo Eduardo Paschoal Junior, defensor público designado para Ramalho, o objetivo da defesa era evitar o júri popular, o que acabou não dando certo. O profissional preferiu não se manifestar a respeito da linha de defesa que será adotada.

“Vou ter conversar com ele no dia anterior (ao júri), que é quando ele sai do CDP (Centro de Detenção Provisória), para ver se ele quer se manifestar”, comentou Paulo.

O LIBERAL não conseguiu contato com familiares de Ramalho até a publicação desta matéria.

O caso 

Marcos Antonio Stival Junior, de 25 anos, foi morto baleado em maio de 2017, no bairro Jardim Boer, depois de um suposto assalto. Dois homens invadiram seu estabelecimento e pegaram o dinheiro do caixa e mercadorias. Mesmo sem reação, Marcos foi obrigado a acompanhar os assaltantes até uma construção, onde foi morto.

A Polícia Civil e o Ministério Público sustentam que o roubo foi usado para “mascarar” um homicídio, motivado por uma disputa comercial. Segundo a denúncia, o também comerciante Rogério Henrique da Silva estaria incomodado com o sucesso de Marcos, que havia acabado de abrir um depósito de bebidas, mesmo ramo de atuação que o seu. A defesa negava qualquer participação no homicídio.

Os três acusados estão presos desde que a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) concluiu o inquérito sobre o assassinato, em outubro de 2017. A investigação apontou que Henrique pagou R$ 1 mil para que os outros dois acusados simulassem o roubo e realizassem a execução.

As informações foram obtidas através de depoimentos de testemunhas e quebra do sigilo telefônico dos suspeitos. Além disso, uma arma apreendida durante operação da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) na casa de Ramalho também foi usada para reforçar a tese.

O revólver foi localizado na casa de Ramalho, que era investigado por tráfico de drogas. O exame de balística comprovou que partiu dele o projétil que causou a morte do comerciante e testemunhas que estavam no bar durante o “assalto” o reconheceram.

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