Os casos de dengue em Americana caíram 88% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

Os seis primeiros meses concentram, em média, 90% ou mais do total de infecções no ano cidade.

Com o início do inverno, portanto, a temporada da doença chega ao fim em Americana com 521 notificações de casos positivos.

Em 2019, a cidade teve a terceira pior epidemia de dengue e registrou a maior mortalidade, com quatro óbitos. Nos primeiros seis meses do ano passado, foram 4.519 casos positivos.

A coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue de Americana, Rosemary Siqueira Campanha, explicou que a circulação do sorotipo 2 da dengue pelo segundo ano consecutivo contribuiu para a diminuição dos casos, já que muitas pessoas estavam imunes à doença.

Ela contou que a pandemia do coronavírus chegou a atrapalhar os trabalhos de combate à dengue.

“Teve um tempo que não estava entrando nos imóveis, não estava fazendo trabalho intenso. Demos uma puxadinha no freio, mas agora está normal, e segue sendo realizado nos próximos meses”, garantiu a coordenadora.

O bairro com mais casos foi o Antonio Zanaga, com 43 confirmações. Rosemary contou que todo os anos a região sofre com muitos casos de dengue.

Ela acredita que isso esteja ligado à alta densidade populacional e, também, à presença de árvores antigas que entopem as calhas, podendo tornar-se criadouros do mosquito.

REGIÃO. A tendência de queda nos casos de dengue foi observada
em toda a RPT (Região do Polo Têxtil).

Mesmo sendo a cidade com mais casos na região, Santa Bárbara viu os casos diminuírem 78% no período. Foram 821 esse ano, contra 3.769 no mesmo período de 2019. No ano passado, o município teve duas mortes pela doença.

“Vários fatores podem ter contribuído para a diminuição de casos, como a continuidade das ações de orientação e controle do vetor, mesmo durante a pandemia, e o fato de ter havido a circulação do mesmo sorotipo predominante na epidemia do ano passado, o que conferiu imunidade a uma grande parcela da população”, avaliou a Secretaria de Saúde de Santa Bárbara.

Nova Odessa fechou o primeiro semestre com 312 casos de dengue. O número é 65% menor do que os 909 casos do primeiro semestre de 2019.

Para a Secretaria de Saúde de Nova Odessa, a queda está relacionada ao trabalho de prevenção e combate ao mosquito, intensificado a partir de março em função da pandemia da Covid-19. O setor de zoonoses realiza, mensalmente, cerca de 80 visitas.

Sumaré teve 628 confirmados, contra 2.866 no mesmo período de 2019. O município informou que visitou 40 mil imóveis e realizou 15 mil ações de nebulização no primeiro semestre. Hortolândia não informou os números da dengue na cidade este ano.

Além da Capa
Totalmente paralisado na região desde o início da quarentena de combate ao novo coronavírus, o setor de eventos ainda está “no escuro” sobre quando as atividades poderão ser retomadas, ainda que de forma parcial. Além da indefinição, uma série de dificuldades surgiram por conta da situação. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com o repórter André Rossi sobre o panorama do segmento em Americana e região.