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Covid-19

Sob rotina da quarentena, negócios em Americana se adaptam para resistir

Com queda de clientes em lojas físicas, comerciantes, dos pequenos aos grandes, intensificam vendas por app e e-commerce

Por Isabella Holouka

29 de março de 2020, às 08h12 • Última atualização em 29 de março de 2020, às 08h39

Acostumadas com o sistema de entrega de produtos por delivery, as empresárias Júlia Mendes Lacava e Milena Consulin viram a quantidade de pedidos crescer com o início da quarentena em função do novo coronavírus (Covid-19).

Foto: Marcelo Rocha - O Liberal.JPG
Responsáveis pela Congelados do Bem, Milena e Júlia viram quantidade de pedidos crescer, mas também a concorrência

Elas são as empreendedoras por trás da Congelados do Bem, empresa focada na venda de refeições congeladas e saudáveis, com sede no Jardim Santana.

Entretanto, com o passar dos dias e o aumento da concorrência por conta das restrições da pandemia, a demanda esfriou.

“Não dá para saber como vai ficar essa crise. Talvez estejam cozinhando mais em casa, por uma questão de economia mesmo”, reflete Júlia.

As mudanças dos negócios são uma realidade nas lojas, empresas e prestadoras de serviço de Americana, que tentam se adequar às exigências dos governos municipal e estadual, ao mesmo tempo em que continuam atendendo ao público e tentam tocar as finanças neste contexto de incertezas financeiras.

Júlia e Milena precisaram alterar poucas questões no funcionamento da empresa, mas esta não é a realidade da maior parte dos empreendedores e empresários do município.

Com bares e restaurantes como principais fregueses, a Horta Viana, no Jardim São Paulo, viu as vendas caírem até 80%. Para evitar a crise, de acordo com o proprietário da horta, Hedielton Viana, a alternativa está sendo se adaptar

à tecnologia.

“Todos os dias disparamos uma lista via WhatsApp, os clientes escolhem os produtos que querem e enviam para a gente fazer a separação. Separamos e entregamos a um motoboy, que entrega na porta do cliente”, explica.

Foto: Marcelo Rocha - O Liberal.JPG
Juliana, da Madame Madu, colocou para funcionar um projeto de loja digital de semijoias

A Madame Madu Semijoias, no Jardim Girassol, apressou um projeto antigo de loja virtual para impulsionar os atendimentos, conta a proprietária Juliana Jacometo.

“Aos poucos estamos organizando a loja virtual, para não parar o atendimento”, explica a empresária, que já realizava vendas pelas redes sociais, embora não fossem tão significativas quanto as fechadas na loja física.

“Prezamos pelo atendimento presencial, temos uma variedade imensa de produtos, as clientes amam vir até a loja e isso faz parte do nosso processo de venda. Estamos nos adaptando”, conta. De acordo com ela, as vendas caíram e estão bem longe do registrado habitualmente.

Uma situação semelhante foi observada pelo empresário Mário Zanini, dono da Zanini, que teve que aumentar a divulgação dos meios de comunicação da loja de departamentos e diminuir a quantidade de funcionários focados nos atendimentos.

Nos últimos dias, de acordo com o empresário, a tradicional loja de brinquedos de Americana vendeu e entregou diferentes tipos de jogos, brinquedos de jardins e quebra-cabeças “dos mais complicados, de até 4 mil peças”. Os pedidos são feitos pelo Instagram ou WhatsApp e entregues no mesmo dia por um motorista.

“As vendas não estão satisfatórias, mas é o que temos no momento. Não está tão mal, mas está longe do nosso cotidiano”, contou Mário, ao LIBERAL, demonstrando preocupação com os próximos meses.

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