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COVID-19

‘Situação está sob controle’, diz promotor que acompanha asilos em Americana

Cidade não teve notificações em casas de repouso até o momento; Piracicaba registrou sete mortes e 41 pessoas infectadas

Por André Rossi

03 de maio de 2020, às 08h51

O promotor Jorge Umberto Aprile Leme, que acompanha e fiscaliza as casas de repouso para idosos de Americana, disse que a situação nas unidades do município em relação ao novo coronavírus (Covid-19) está “sob controle”.
Desde o início da quarentena, cidades da região registraram óbitos em asilos e ligaram o alerta para a situação.

Em Piracicaba, a casa de repouso Lar Betel teve oito idosos mortos pela Covid-19, além de 41 pessoas infectadas, entre moradores e funcionários.
O caso fez com que a Secretaria de Saúde implantasse no local uma equipe composta por médico, enfermeiro e técnico de enfermagem para prestar assistência aos pacientes.

Em Americana, segundo a prefeitura, não há nenhum caso da Covid-19 entre residentes de casas de repouso. Até sexta-feira, o município registrava 52 casos positivos, com três mortes e 33 curados.

Na cidade, de acordo com o promotor, há 30 ILPIs (Instituições de Longa Permanência para Idosos). Destas, duas são de caráter assistencial (Lar dos Velhinhos São Vicente de Paula e Benaiah) e as demais, particulares.

Leme diz que a Promotoria tem em andamento um procedimento de acompanhamento e fiscalização de cada uma das instituições, mas a pandemia alterou a rotina de fiscalizações pessoais feitas pelo promotor e por agentes da Vigilância Sanitária.

“Optamos neste mês por suspender as visitas de fiscalização pessoais justamente para preservar os idosos, ou seja, para não haver o risco de eventualmente contaminar algum morador idoso durante essas visitas”, contou Leme.

O promotor diz que tem acompanhado a situação à distância e que as casas, de forma geral, estão conscientes sobre os cuidados necessários, especialmente por conta de óbitos pela Covid-19 que aconteceram em lares em outros países.

Na região, em Hortolândia, o prefeito Angelo Perugini (PDT) divulgou que uma idosa de 86 anos, que morreu por causa da Covid-19 no dia 13 de abril, morava em um asilo da cidade. O nome do local, no entanto, não foi revelado.

“Mesmo adotando as cautelas necessárias, não estamos livres de sermos afetados por esse mal, lamentavelmente. Mas, por ora, pelo menos pelas notícias que tenho recebido, a situação de um modo geral está sob controle e relativamente tranquila”, informou Leme.

CUIDADOS
Segundo a Vigilância Epidemiológica de Americana, além da recomendação do uso de máscara e álcool em gel para os funcionários, também houve restrição das visitas pelos familiares.

É o caso do Lar dos Velhinhos São Vicente de Paula. Qualquer acesso externo está proibido e os idosos não podem deixar a entidade.

A instituição implantou escalas diferenciadas para cada grupo de funcionários e funcionários são orientados a tomar banho quando chegam e deixam o local. As medidas de higienização também foram reforçadas, além de disponibilização de EPIs (Equipamento de Proteção Individual).

Já na casa de repouso Benaiah, 12 funcionários estavam confinados com os 38 residentes desde o dia 23 de março para diminuir os riscos de contaminação.

Na última quarta-feira, o grupo foi trocado e 13 novos trabalhadores assumiram. Eles permanecerão com os idosos por 30 dias.

Em nota, a Prefeitura de Americana frisou que ainda não recebeu os testes para Covid-19 do Ministério da Saúde, que poderiam ser usados para a população idosa em casas de repouso. A previsão é de que a entrega aconteça na semana que vem.

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