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ABASTECIMENTO

Sistema de captação de água em Americana depende de ventilador para não parar

Estrutura defasada será substituída em até 45 dias; interligação deixará cidade sem água na terça

Por André Rossi

03 de outubro de 2020, às 16h45 • Última atualização em 03 de outubro de 2020, às 17h08

“Tem um ventilador para resfriar, senão o painel desliga. O calor [na unidade] é muito grande”, afirmou Zappia - Foto: Marcelo Rocha - O Liberal

O atual sistema de refrigeração da unidade de captação de água bruta do Rio Piracicaba, em Americana, depende de um ventilador de chão para não parar de funcionar.

A estrutura, completamente defasada, será substituída por uma nova captação em até 45 dias. A obra de interligação necessária entre as unidades deixará a cidade sem água na terça-feira (6).

A imprensa foi convidada pelo DAE (Departamento de Água e Esgoto) nesta sexta-feira (2) para conhecer a obra da nova captação. Atualmente, o mecanismo é apenas uma “tomada” direta no rio, que puxa água para a estação. Quando o nível do rio está baixo, a captação fica comprometida.

Durante a vista, o superintendente do DAE, Carlos Cesar Gimenes Zappia mostrou a atual estrutura, que está em situação precária. A refrigeração dos painéis elétricos, responsáveis por manter as bombas em funcionamento, é feita, basicamente, por um ventilador de chão. 

“Tem um ventilador para resfriar, senão o painel desliga. O calor [na unidade] é muito grande”, afirmou Zappia.

Durante a vista, o superintendente do DAE, Carlos Cesar Gimenes Zappia mostrou a atual estrutura – Foto: Marcelo Rocha – O Liberal

A nova captação, construída ao lado da antiga, é, de fato, um ponto de captação, que garantirá nível constante de água. Os novos painéis elétricos ficarão em uma sala refrigerada, cuja temperatura máxima atingirá os 22 graus.

“Essa estação [atual] não é uma captação, é uma tomada de água. E a captação é um processo que tem que ter gradeamento, desarenamento e bombeamento. Aqui é como se a gente colocasse um canudo e sugasse água direto do rio”, explicou Zappia.

Na próxima terça-feira, a autarquia realiza a interligação entre a atual unidade e a nova. Uma peça de mais de duas toneladas será colocada a seis metros de profundidade para conectar as estações.

O processo é demorado e causará desabastecimento generalizado. Na sequência, haverá um período de testes do sistema e das comportas até a entrega definitiva.

“Com a interligação, podemos dar peso na unidade e a parte elétrica vai permitir que os equipamentos possam ser testados com energia elétrica. Tudo tem que ser feito com muita segurança para entrar em operação”, detalhou o superintendente.

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