O Sindicato dos Servidores Municipais de Americana diz que irá à Justiça para aumentar a quantidade de enfermeiros do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi. Segundo a coordenação de enfermagem da unidade, faltam 122 funcionários.

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A prefeitura argumenta que o número de funcionários do setor está dentro do permitido, mas busca viabilizar a contratação “o mais breve possível” para ampliar o quadro. Ainda não foi definida a modalidade do contrato. O Executivo está proibido de realizar concursos públicos por lei.

Após acesso a relatos e vídeos, o LIBERAL denunciou nesta sexta que há pacientes internados em macas e corredores do pronto-socorro. Por falta de chuveiro próximo, os pacientes recebem banhos de balde ou caneca. A prefeitura alegou um remanejamento por conta de reforma na ala 3, que começa no mês de novembro, com prazo de 180 dias.

Questionada nesta sexta-feira, a prefeitura completa que a situação de lotação de pacientes internados em macas e no corredor foi pontual e resolvida, e que os banhos nos pacientes são preconizados pelo Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem).

Segundo Antonio Duarte Júnior, advogado do sindicato, a entidade levanta os problemas do hospital para então entrar com uma ação.

Ele afirma que as “inúmeras denúncias” do sindicato não têm gerado efeito. “Será uma obrigação de fazer para sanar as irregularidades, sob pena de multa”, detalha.

A diretora de saúde do sindicato, Isabel Santos, aponta que para a coordenação de enfermagem do HM, seria preciso contratar 81 técnicos e 41 enfermeiros.

Há no hospital 230 técnicos de enfermagem e 52 enfermeiros.

“Já tivemos mais de 500 profissionais de enfermagem no HM. Falta bastante, não tem contratação. Quem paga é a população, e os enfermeiros que estão desgastados e cansados”, desabafa Isabel.

O MP (Ministério Público) averigua denúncia da falta de profissionais de enfermagem no hospital. Um ofício foi enviado à prefeitura, pedindo providências do Executivo, que pediu mais prazo para responder.

O Coren-SP, que já havia denunciado a situação em agosto ao MP, informou ontem que vai abrir um processo administrativo para apurar se persiste a ausência de enfermeiros.