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Mudando a cultura

Setor público troca papel pelo digital e investe em luz natural em instalações

Americana diz ter economizado mais de 17,3 milhões de folhas com digitalização; câmara barbarense aderiu à energia solar

Por Ana Carolina Leal

05 de junho de 2021, às 10h21 • Última atualização em 05 de junho de 2021, às 15h18

A Prefeitura de Americana economizou, em pouco mais de um ano, 17,3 milhões de folhas de papel com a digitalização de processos. Na cidade vizinha, a Câmara de Santa Bárbara d’Oeste conseguiu diminuir em até 80% o valor das contas de luz do Legislativo com a adesão a um sistema de energia solar fotovoltaica.

Com o objetivo de economizar, gerenciar melhor o dinheiro público e colaborar com o meio ambiente, ações como as adotadas em Americana e Santa Bárbara têm se tornado cada vez mais comuns nas administrações públicas.

Sistema da Prefeitura de Americana agora evita impressões – Foto: Prefeitura de Americana / Divulgação

Na cidade de Americana, o programa de digitalização nasceu no governo Omar Najar (2015-2020) para atender a necessidade da prefeitura em melhorar os fluxos internos e ao mesmo tempo eliminar a tramitação física dos processos, que gera um custo alto com insumos e exige bastante espaço para armazenamento.

Entre 16 de março de 2020 e 11 de maio deste ano, a administração economizou R$ 1,7 milhão ao deixar de imprimir 17,3 milhões de folhas de papel.

Diretor da Unidade de Serviços Gerais e responsável pela coordenação do projeto, Eduardo Cesar Samogin Spilla, explica que, inicialmente, a ideia era que a iniciativa ocorresse na administração direta, mas acabou sendo ampliada para autarquias.

O DAE (Departamento de Água e Esgoto) e a Guarda Municipal devem iniciar a geração de documentos digitais até o final do primeiro semestre. No segundo semestre, será implantado na Fusame (Fundação de Saúde de Americana).

“Esperamos que até o final de 2021, todos os setores estejam gerando documentos digitalmente, inclusive o Ameriprev [instituto de previdência dos servidores municipais]”, afirma Eduardo.

A digitalização de documentos também já é realidade na Câmara de Americana, que diz ter diminuído consideravelmente o uso de papel no Legislativo. A Casa também substituiu todas as lâmpadas por tipo LED, que consomem 50% menos energia e duram, em média, 3,5 vezes mais, e desde 2019 adotou o uso de canecas reutilizáveis na tentativa de reduzir o uso de copos descartáveis.

Eficiência energética

Em Santa Bárbara, a medida de maior impacto ambiental adotada pela câmara foi o investimento de R$ 260 mil em um sistema de energia solar fotovoltaica. A instalação de painéis solares em residências, empresas ou órgãos públicos ajuda a combater as emissões de gases do efeito estufa e reduz a dependência dos combustíveis fósseis como o petróleo.

Um sistema fotovoltaico padrão de 6kWp, por exemplo, vai evitar a emissão de gases poluentes durante toda a sua vida útil (30 anos) equivalente a plantar árvores em dez campos de futebol inteiros.

Foto aérea mostra painéis para captar luz do sol na Câmara de Santa Bárbara – Foto: Câmara de Santa Bárbara / Divulgação

Em 2015, também visando a economia de energia, o Legislativo barbarense efetuou a substituição da maior parte das lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED. “A estimativa, na época da troca, era de uma economia de R$ 93 mil em dez anos”, afirmou.

Os banheiros da Casa também ganharam secadores e saboneteiras automáticas para reduzir o consumo de papel e evitar o desperdício de sabonete. Também foram instalados redutores de vazão d’água nas torneiras, prevenindo o desperdício. O próximo passo, segundo a assessoria, é digitalizar todos os processos para evitar o uso de papel.

Em Nova Odessa, a câmara afirma que já foi iniciada a substituição dos processos em papel pela tramitação digital. “Está em fase de estudos a implantação do programa Câmara sem Papel, semelhante ao que foi feito na Assembleia Legislativa, para eliminar todo o uso de papel na Casa e adotar somente documentos digitais”.

A Secretaria de Meio Ambiente de Santa Bárbara d’Oeste tem investido no aproveitamento da iluminação e ventilação natural em obras da construção civil.

A nova sede da pasta, por exemplo, já deu início à execução com a implementação dessas alternativas. “Também já analisamos os custos para captação de água da chuva e colocação de painéis fotovoltaicos”, afirmou a prefeitura por meio da assessoria.

Em Nova Odessa, a secretária de Obras, Projetos e Planejamento Urbano, Miriam Cecília Lara Netto, disse que a prefeitura dará início a primeira etapa do projeto de sustentabilidade nos órgãos públicos municipais. “Nessa primeira fase vamos implantar um processo de reciclagem nos prédios. Será instalada uma plataforma de lixeiras”, explicou.

De acordo com a secretária, as tampinhas de plástico e lacres de alumínio serão destinadas, respectivamente, para ações em prol dos animais e da saúde. “Os reciclados serão destinados às cooperativas da cidade”.

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