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PREFEITURA NÃO AUTORIZOU

Sem poder abrir e com prejuízo de R$ 100 mil, circo deixa Americana

Circo estava instalado no estacionamento da Fidam desde o início de maio e tinha expectativa de poder funcionar na cidade

Por Pedro Heiderich

02 de junho de 2021, às 19h34

Sem poder abrir e com prejuízo estimado em R$ 100 mil, o Circo Maximus Brasil deixa Americana após um mês instalado no estacionamento da Fidam (Feira Industrial de Americana).

Há duas semanas, o circo anunciou espetáculos na cidade, mas foi informado pela prefeitura que não teria autorização para abrir, por conta do Plano São Paulo do Governo do Estado, que visa enfrentamento e combate da pandemia do coronavírus (Covid-19).

Plano São Paulo permite atividades culturais até às 21h – Foto: Marcelo Rocha/O Liberal

“Gente, infelizmente não foi possível nossa estreia em Americana, estamos nos mudando! Muito obrigado ao público de Americana, que acolheu o circo muito bem”, postou a página do circo nas redes sociais nesta sexta-feira (2).

A publicação esclarece que quem chegou a comprar ingressos deve buscar o reembolso pelo site de vendas dos bilhetes.

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O LIBERAL falou com um dos responsáveis pelo circo, que não quis ser identificado. Ele revelou que o prejuízo neste período foi de “mais ou menos R$ 100 mil”. O destino do circo agora é São Paulo.

Responsáveis pelo circo procuravam em grupos nas redes sociais até 20 homens para ajudar a desmontar a estrutura com urgência, prometendo pagar por hora e fornecer alimentação.

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Expectativa
Havia a expectativa de que, com a mudança de fase do Plano São Paulo, anunciada na época para 23 de maio, o circo conseguiria se adequar e abrir em Americana. Porém, a fase de transição do Plano São Paulo foi prorrogada pelo Estado até 13 de junho.

Tanto que o circo dizia que ia tomar as medidas para conseguir abrir. A fase permite atividades culturais, mas até às 21h, com 30% da capacidade.

O Estado explicou ao LIBERAL que o funcionamento do circo é autorizado pelo governo, das 6h às 21h, mas fica a critério das prefeituras decidir.

O Circo Maximus Brasil anunciou na segunda semana de maio diversos espetáculos em Americana, prometendo nas publicações das redes sociais garantir a segurança de todos, através dos protocolos sanitários, mas isso não foi o suficiente para a prefeitura autorizar a abertura.

Em nota na ocasião, o Executivo citou o início de espetáculos às 20h, o curto intervalo entre as sessões, “que dificultam a higienização do ambiente e evitar aglomeração” e a venda antecipada de ingressos sem autorização.

A prefeitura ainda citou a lotação dos hospitais e o sacrifício do comércio local, com as restrições da pandemia.

A presença do circo irritou os empresários e comerciantes. “Estamos fazendo um esforço enorme há mais de um ano para evitar aglomerações e um circo, no momento não seria adequado”, diz parecer dos sócios da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana).

O presidente da entidade, Wagner Armbrustrer, endossou. “Precisamos fortalecer os postos de trabalho locais. Sem pandemia, seria excelente”, enfatizou.

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