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Americana

Saúde pede contratação de empresa para combate a dengue

Americana viveu a terceira pior epidemia em 2019, com um total de 4.559 casos

Por Marina Zanaki

19 de outubro de 2019, às 09h23

Foto: Prefeitura de Santa Bárbara - Divulgação
Santa Bárbara destacou que equipes estão visitando casas para encontrar focos do mosquito

A Secretaria de Saúde de Americana pediu a contratação de uma empresa para atuar no combate à dengue. A solicitação de abertura de edital foi enviada ao Fundo Municipal de Saúde, e atualmente estão sendo analisados aspectos financeiros, administrativos e jurídicos da contratação.

A cidade viveu em 2019 a terceira pior epidemia de dengue desde o início da série histórica, em 2008. Para reforçar o trabalho realizado pelas equipes da prefeitura, a empresa Sime Prag foi contratada em fevereiro por um período de seis meses. Inicialmente, o contrato previa principalmente visitas casa a casa, com uma meta de 40 mil imóveis por mês.

Contudo, por conta da disparada de casos, foi necessário redefinir ações e metas. “A empresa contratada acabou se envolvendo mais com a nebulização em si do que em visitas de rotina, por conta da epidemia de dengue”, explicou a prefeitura.

Em maio, em plena epidemia da doença e logo após Americana ter decidido por fazer a nebulização das áreas com circulação do vírus, o inseticida acabou. O motivo é que o Ministério da Saúde suspendeu o fornecimento aos municípios após um problema com a distribuidora.

A Prefeitura de Americana disse que não possui um levantamento específico do número de imóveis visitados pela empresa, mas garantiu que a redefinição das prioridades “assegurou cumprimento devido do que havia sido pactuado”.

O trabalho foi realizado pela empresa sob supervisão do Programa Municipal de Controle da Dengue. A contratação teve custo de R$ 528 mil, pagos ao longo dos seis meses em que a empresa atuou na cidade.

EPIDEMIA. Foram confirmados 4.559 casos na cidade este ano. Apenas em 2014 e 2015 haviam sido registrados mais notificações da doença – naqueles anos, foram infectadas 9.035 e 7.388 pessoas, respectivamente.

Além disso, a mortalidade por dengue foi a maior da história, com quatro óbitos. Em 2014 uma pessoa havia morrido em decorrência da doença e no ano seguinte foram três. Em 2016, houve uma morte por dengue.

Antes de fase crítica, ações são realizadas

As contaminações por dengue aumentam a partir de janeiro, mas especialistas destacam a importância de realizar ações ao longo de todo o ano, evitando a formação de criadouros de Aedes aegypti. As prefeituras da região têm adotado medidas antes da temporada mais crítica.

A Prefeitura de Americana recolheu, desde 7 de outubro, 12,2 toneladas de materiais nos bairros Antonio Zanaga 1 e 2, Jardim Brasil, Nossa Senhora Aparecida, Vila Bela e Vale das Nogueiras. Previsto para terminar nesta sexta-feira, o trabalho foi prorrogado por mais uma semana.

A administração afirmou que tem realizado visitas às casas, além de ações específicas em pontos considerados estratégicos, como borracharias, comércios de sucatas e depósitos.

A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d’Oeste informou que as equipes de visitas às casas estarão na próxima semana nos bairros 31 de Março, Jardim Icaraí, Vila Grego, Residencial Furlan, Ângelo Giubina e Terrazul e devem iniciar os trabalhos nos bairros Jardim Alfa e Panambi.

Em Nova Odessa, os agentes de combate à dengue têm realizados dois mutirões mensais para retirada de entulho na cidade. No início do mês, o Setor de Zoonoses realizou o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti e encontrou cinco focos de larvas. Foram visitados 573 imóveis.

Hortolândia disse que as equipes visitam as casas aos finais de semana e que realiza a Operação Cata Bagulho, com a limpeza de áreas públicas. Já Sumaré informou que segue realizando ações de combate à dengue, mas não especificou.

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