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Americana

Recadastramento da fila de creche de Americana começa nesta quarta

Objetivo da Prefeitura de Americana é dimensionar o real tamanho da fila e saber se mãe trabalha; famílias devem procurar a creche até o dia 25

Por George Aravanis

16 de outubro de 2019, às 07h55 • Última atualização em 17 de outubro de 2019, às 07h52

Famílias de crianças que estão na fila de espera por vagas nas creches municipais de Americana devem procurar, de hoje até o dia 25, a unidade onde se inscreveram para confirmar o interesse. As escolas atenderão das 8 às 16 horas, de segunda a sexta-feira. Quem não comparecer ao recadastramento será excluído da fila, que em julho tinha um total de 1.850 crianças de até 3 anos.

Além da confirmação do interesse, a prefeitura também pretende atualizar telefone e endereço das famílias. A secretaria diz que, algumas vezes, não consegue contato com os responsáveis porque esses dados estão desatualizados. Em outras ocasiões, constata que as pessoas desistiram da vaga. Por isso, a prefeitura acredita que o recadastramento deve dimensionar o tamanho real da demanda.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Cartaz na sede da Secretaria de Educação, na Escola Heitor Penteado, traz aviso sobre o recadastramento para creches municipais

O procedimento também deve fornecer parte das informações de que a Secretaria de Educação precisa para decidir se põe em prática seu novo plano para reduzir a fila de espera: a oferta de vagas em meio período.

A ideia da secretária de Educação, Evelene Ponce Medina, revelada com exclusividade pelo LIBERAL semana passada, é limitar o período integral para filhos de mulheres que comprovem trabalhar fora. Os outros seriam atendidos em turno parcial. Hoje, todos os que conseguem acesso às creches podem ficar o período inteiro, das 7h30 às 16h30.

Neste levantamento que começa hoje, a prefeitura pretende mapear quantas das mães trabalham fora, com carteira assinada, a quantidade de autônomas e o número das que não exercem atividade profissional.

Para fazer o recadastramento, é necessário levar:

– Comprovante de endereço (original e cópia)
– Comprovante de trabalho da mãe, que pode ser carteira de trabalho (original e cópia das páginas da folha de rosto, dados pessoais e último contrato de trabalho)
– ou declaração de trabalho do empregador (registrada em cartório)
– ou declaração de autônoma (registrada em cartório)

O recadastramento é essencial para definir se o meio período será de fato implantado porque, se todas as mães trabalharem com carteira assinada, por exemplo, o turno parcial não adiantaria nada, já que os filhos delas teriam direito ao integral – levantamento semelhante será feito com mães das crianças já atendidas.

A proposta da secretaria já causa polêmica. Na câmara, semana passada, vereadores discursaram contra a medida, que também tem causado debate nas redes sociais.

A maioria da fila é formada por bebês de 4 a 18 meses. Crianças nesta faixa etária são responsáveis por 76% da demanda, de acordo com estudo realizado pela Secretaria da Educação.

O relatório produzido por Evelene e sua equipe tenta fornecer subsídios à adoção do período parcial. “Só atingiremos padrões consideráveis de qualidade quando a família e as instituições educacionais delimitarem e assumirem seus papéis. A criança tem direito a creche, assim como tem direito a colo, carinho e atenção da família. É neste sentido que arriscamos avançar”, aponta um trecho do estudo.

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