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Americana

Rachaduras causadas por vazamento preocupam empresária no Jardim Girassol

Engenheiros estimam um custo de R$ 25 mil para reformar imóvel, que além de casa, funciona como ótica

Por Paula Nacasaki

27 de fevereiro de 2021, às 16h56

Após enfrentar um ano e meio de vazamento na calçada em frente a sua casa, na Rua Uruguai, no Jardim Girassol em Americana, a empresária Maria Carolina Pavan Granato, de 36 anos, convive com rachaduras no imóvel, causadas, segundo ela, pela demora do DAE (Departamento de Água e Esgoto) em solucionar o problema.

No imóvel também funciona a ótica de Maria Carolina, que desde maio, devido à crise provocada pela pandemia da Covid-19, foi transferida para a garagem da empresária.

A reportagem esteve no imóvel e logo na calçada observou buracos e uma calçada oca. Entre a parte coberta e aberta da garagem há uma grande rachadura, como se estivesse dividindo os espaços. No interior da casa, no teto da sala, há outras rachaduras. No muro há uma fenda que dá para ver o terreno ao lado.

A empresária relata que, aparentemente, é como se toda a estrutura da casa estivesse sendo “puxada”. Ela contou que por mais de um ano o vazamento perdurou e, com o tempo, começou a comprometer a estrutura da casa. Segundo a comerciante, desde outubro ela negocia com o DAE uma solução para o problema, o que não aconteceu. O vazamento chegou a ser consertado, mas o estrago já estava feito.

Vazamento causou rachaduras em imóvel no Jardim Girassol, em Americana – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

A autarquia pediu que ela fizesse três orçamentos e os apresentasse. Nas três pesquisas, os engenheiros estimaram um custo de R$ 25 mil, podendo este valor ser alterado, pois quando a obra for iniciada, existe a probabilidade de novos reparos, ou ainda a possibilidade de demolição da casa, de acordo com os funcionários que avaliaram o imóvel.

“É muito complicado, estamos em uma situação muito ruim. Para eles virem arrumar, é na pressão”, diz Maria Carolina.

Vazamento causou rachaduras em imóvel no Jardim Girassol, em Americana – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Com esta realidade, a comerciante teme pelo bem do seu comércio, já que no ano passado teve de deixar um imóvel no Centro de Americana.
No início da pandemia, por conta do Plano São Paulo, Maria Carolina teve que ficar dois meses com a ótica fechada, apenas pagando contas. Diante da situação, resolveu se mudar para a garagem da casa, no Jardim Girassol. O seu medo é que as condições da garagem, devido as rachaduras, possam afastar os clientes.

“Eu não quero que eles arrumem minha ótica, eu já fiz empréstimo para isso [para as mudanças na garagem]. Eu quero que eles arrumem a parte deles, porque se eu mexer antes, aí que eu perco meu direito e eles não arrumam esses problemas nunca mais”, pontua a empresária.

Vazamento causou rachaduras em imóvel no Jardim Girassol, em Americana – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

A dona da ótica não foi a única afetada, a proprietária de um restaurante, também na Rua Uruguai, que não quis ter seu nome divulgado, teve que se mudar as pressas após ser notificada pela imobiliária responsável. Ela disse que os donos do imóvel a notificaram porque havia risco de o local desabar. “Foram muitas rachaduras, desde a porta até a cozinha”.

Ela relata ainda que perdeu uma câmara fria avaliada em R$ 5 mil com a queda de pedaços do teto em cima do equipamento.
Questionado, o DAE informou que o pedido de ressarcimento foi feito protocolado no dia 18 de fevereiro e que a requisição ainda precisa atender a exigências administrativas. Não foi dado, porém, uma previsão de quando as rachaduras do imóvel poderiam ser reparadas.

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