ATENÇÃO À SAÚDE
Qualidade do ar atinge índice ‘muito ruim’ em Americana, segundo a Cetesb
Registro foi feito na terça e índice leva em consideração gases, materiais e compostos encontrados no ar
Por Gabriel Pitor
04 de setembro de 2024, às 20h11
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/qualidade-do-ar-atinge-indice-muito-ruim-em-americana-segundo-a-cetesb-2247461/
A qualidade do ar atingiu o índice “muito ruim” na noite desta terça-feira (3) em Americana, conforme medição e classificação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), por meio de sua estação localizada no Parque das Nações.
Embora o status tenha melhorado na tarde desta quarta (4), quando o LIBERAL constatou que a avaliação passou para o nível “ruim”, a situação demanda a atenção quanto aos efeitos na saúde das pessoas.
O índice leva em consideração vários gases, materiais e compostos que são poluentes e podem ser encontrados no ar. Essas substâncias são medidas pela estação e aquela que tiver o pior resultado — ou seja, a mais encontrada no ar — define o índice do município.
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No caso de Americana, às 23h desta terça foi contabilizada a concentração de 123 microgramas de partículas inaláveis (MP10) por m³, o recorde desde 2021, quando a Cetesb passou a registrar os dados da cidade. O índice, portanto, foi de 123, considerado “muito ruim” (que vai de 121 a 200).
- Índices de qualidade do ar
- 0-40: Boa
- 41-80: Moderada
- 81-120: Ruim
- 121-200: Muito ruim
- Maior que 200: Péssimo
Segundo o órgão estadual, essas partículas são um conjunto de poluentes constituídos de poeiras, fumaças e todo tipo de materiais sólidos e líquidos que se mantêm suspensos na atmosfera.
“As principais fontes de emissão de partículas para a atmosfera são veículos automotores, processos industriais, queima de biomassa, ressuspensão de poeira do solo, entre outros”, traz o texto da Cetesb.
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O índice em Americana às 18h desta quarta era de 89, classificado como “ruim” (que vai de 81 a 120). Mesmo com a melhora, a situação ainda pode levar as pessoas a apresentarem sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta, bem como falta de ar e respiração ofegante.
Grupos sensíveis como idosos, crianças e pessoas com comorbidades podem ser mais afetados.
FUMAÇA
A poluição do ar motivada por fatores locais é a que tem o maior impacto no índice calculado pela Cetesb. Entretanto, no caso desta semana, outra razão para a piora da qualidade do ar é uma fumaça que tem atingido a região vinda da Floresta Amazônica e do Pantanal.
“A gente segue poluindo no mesmo tanto e a gente está em uma época do ano que temos essas massas de ar que ficam estagnadas, com vários dias sem chuva, então esses poluentes vão se acumulando na atmosfera”, explicou Bruno Bainy, meteorologista do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
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