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Americana

Protesto contra restrições no comércio reúne cerca de 80 manifestantes em Americana

Movimento teve críticas ao governador do Estado, defesa ao presidente Jair Bolsonaro e pedidos de intervenção militar

Por Leonardo Oliveira

15 de março de 2021, às 19h31 • Última atualização em 16 de março de 2021, às 09h34

A movimentação ocorreu em frente ao Tiro de Guerra, na Rua Florindo Cibin - Foto: Ernesto Rodrigues - O Liberal

O protesto de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra a entrada de todo o Estado na fase emergencial do Plano São Paulo reuniu cerca de 80 pessoas na tarde desta segunda-feira (15), em Americana.

A movimentação ocorreu em frente ao Tiro de Guerra, na Rua Florindo Cibin. Os manifestantes se concentraram no local e, com um carro de som, criticaram as medidas anunciadas pelo governador João Doria (PSDB) para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.

“O movimento é em prol da democracia. Entendemos que o país inteiro está passando por um momento muito frágil, onde os direitos que são assegurados na nossa constituição estão sendo altamente feridos por decisões que estão partindo do governador estadual”, afirmou o organizador do evento e membro do movimento Pra Frente Brasil, o autônomo Antonio Jardas Macedo.

Camisas e bandeiras do Brasil deram o tom ao protesto. Enquanto as pessoas falavam ao microfone, o hino do País tocava ao fundo.

– Foto: Ernesto Rodrigues – O Liberal

Apesar da principal pauta ser contra a fase emergencial, muitos apoiadores pediam intervenção militar, a saída dos ministros do STF (Superior Tribunal Federal) e defendiam o não uso de máscaras para evitar a proliferação da Covid-19.

“No Japão não estão usando máscara, nenhuma televisão está mostrando. Ninguém está usando máscara, estão usando Ivermectina. Hoje eu tomei Ivermectina. Não precisa de vacina, não precisa de nada. Ele [João Doria] quer acabar com o País para vender mais barato para a China”, disse ao LIBERAL o porteiro Wantuildes Paschoalin, de 50 anos.

O uso do equipamento de proteção foi dividido entre os presentes: cerca de metade dos protestantes não usava máscara.

“Sou comerciante e tenho que fechar o comércio. Como que vou pagar meus funcionários? Eu sou Bolsonaro e o Brasil inteiro é Bolsonaro. Sem ele a gente não consegue nada nesse Brasil”, disse o comerciante Junior Cesar Meneses, de 41 anos – ele tem um restaurante no Parque Gramado.

Embora alguns dos presentes defendesse a volta da ditadura militar, os organizadores defendiam o que chamavam de “intervenção federal”.

“O decreto do governador é uma ditatura. Ele não tem o direito de fazer isso com a população, com os trabalhadores. São inúmeras indústrias falindo, milhares de pais desempregados, famílias passando fome. O vírus está aí, nós temos consciência, mas acabar com os empregos não é a solução”, afirmou o empresário Eliton Leite, 44 anos, que também é do movimento Pra Frente Brasil.

CRÍTICA

Mais cedo, o governador João Doria criticou a realização de atos de protesto neste momento da pandemia.

“Num momento em que as pessoas deveriam estar em casa, se protegendo, foram para a rua sem máscaras para defender Jair Bolsonaro”, afirmou Doria, que prometeu não se abater. “Que país é este? Como governador, quero deixar claro: não vou me silenciar”, ressaltou.

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